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I Me You I'm Your [COMPLETA] Empty I Me You I'm Your [COMPLETA]

Mensagem por P.Schoeller Sex 18 Jun 2010, 6:52 pm

Hello everyone Very Happy
Well, como estamos nessa seca, sem spoilers para nos matarem, num hiatus desgraçado, e morrendo de tédio, decidi postar uma fanfic Smile
Hope you like it and enjoy! Wink

I Me You I'm Your [COMPLETA] Fanfic



Título:
Autora: Freudianslip87
Tradução e adaptação: Patty Schoeller
Shipper: Jisbon
Gênero: Comédia Romântica (é né? I Me You I'm Your [COMPLETA] Icon_neutral )
Censura: PG-13
POV: 3ª pessoa
Terminada: SIM
Capítulos: 10 + Epílogo
Beta - reader: Nope.





CAPÍTULO 1
Tolos Apaixonados

Fools in love, are there any other kinds of lovers?
Fools in love, is there any other kind of pain?*



Sua mãe costumava a dizer que se apaixonar era estimulante, inebriante, mágico. Ela prometeu que este era o melhor sentimento do mundo. Uma Lisbon jovem, com 12 anos, confiou nela cegamente.

Uma Lisbon adulta pensava que isso era história pra boi dormir.

Ela pensa que ela está (talvez, possivelmente, quem sabe) apaixonada e não é nem um pouco inebriante ou outras coisas sem sentido. Pra ser bem clara, estar apaixonada era uma droga. Ela se perguntava se sua mãe (sem ofensas, mãe) não estava desiludida.

E também tinha que, sua mãe não estava apaixonada por Patrick Jane. Teresa, contudo, está (um pouco, tipo) apaixonada e ela definitivamente não fica vendo estrelas ou sonhando com o amor. Bem pelo contrário, na verdade. Nos filmes, estar apaixonado (só se ela estiver... Por que ela pode não estar, certo?) faz as pessoas dançarem, cantarem e quererem contar ao mundo inteiro.

Ela está bem contente só fingindo que a coisa não existe. Apesar do que ele diz, ela pode ser uma boa mentirosa, especialmente para ela mesma. E mesmo se ele percebesse algo, ele não faria nada. Isso iria arruinar a rotina de “garoto bonitinho, distribuidor de charme, emocionalmente distante e idiota” que ele levava.

Então mesmo se ele soubesse (se, por que não a nada para saber) ele não diria.

De qualquer forma, ela está muito velha pra acreditar no conto de fadas de sua mãe, e ela está aprendendo em primeira mão que, no amor, nem tudo é como deve ser. Especialmente quando o objeto de sua afeição é completamente, absolutamente, sem dúvida nenhuma, indisponível. (Por que ele está indisponível, não está?)

Ela nunca se deu conta de que estava se apaixonando por ele. Deve ser por isso que alguns dizem “caindo de amores”**. Não é algo que você faz supondo que está fazendo aquilo. Isso acontece, mesmo que você não queira. E ela com certeza (provavelmente, talvez) não pediu por isso. Ele é Patrick Jane, afinal de contas. Maníaco egoísta, fora de controle e vingativo.

Deus, como ela é idiota. Um sentimento qualquer quando se torna amor é mais perigoso. Louco. Deus, ela vai...

Ela está apaixonada por ele (ela realmente está, não está?) e ela nem fazia idéia do porque. Ele certamente não é seu tipo. O oposto, na verdade. E de novo, ela começou a lembrar o que uma antiga colega de quarto disse sobre tipos. "Ninguém realmente tem um tipo, Teresa. Nós só pensamos que temos pra nos sentirmos seguros. Não existem tipos, só pessoas."

Ela se perguntou o que sua amiga diria sobre Jane.

Mas, independentemente de tipos, ela sentia alguma coisa por Jane. Ela tinha que admitir isso, mesmo que só pra ela mesma. Conhecendo-o, ele provavelmente descobriu isso décadas atrás e só está esperando para ver o que ela vai fazer. Ele certamente não vai fazer um movimento. (Ele não vai, certo?) Ele tinha que pensar sobre Red John. Ele não podia se permitir ser distraído (seduzido, agarrado, atacado) por agentes com problemas de solidão e tendência para analisar as coisas em excesso.

Ela passa a maior parte do seu tempo construindo uma cuidadosamente controlada fachada de confiança e força. Ela é a fria, introvertida e dura como ferro (por que ela tem que ser) Agente Lisbon. Ela é estável, controlada e responsável. Ela gosta de regras e as segue.

E ela está apaixonada por Patrick Jane. Seu egoísta, um pouco maníaco e irritante (bonito, charmoso, compassivo) consultor com seu condenatório, perigoso, aterrorizante (às vezes útil, heróico) desrespeito as regras.

Meu Deus. Onde ela estava se metendo?







* Letra da música Fools In Love, de Inara Georges.
** Em inglês “se apaixonar” é falling in love, e o verbo to fall é cair. No original, era feito um trocadilho: Maybe that's why they call it falling in love. “Talvez, esse seja o porquê de chamar-se caindo em amor - que seria a tradução literal da expressão.


Última edição por P.Schoeller em Qua 28 Jul 2010, 1:56 pm, editado 5 vez(es)
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Mensagem por ladymarion Sex 18 Jun 2010, 9:41 pm

Uau que barato
Nossa ela esta em um dilema danado

Louca para ler o desfecho, heheheh.
Esses dois são como fogo e água, hahahah.
Vai ser divertido ve-los tentar se entender

Adorei

Beijinhos
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Mensagem por KristyAnne Sex 18 Jun 2010, 11:07 pm

É isso mesmo!!! Onde ela está se mentendo.... kkkkk

Adorei!!!! cheers
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Mensagem por P.Schoeller Sáb 19 Jun 2010, 5:03 pm

Que bom que gostaram meninas Very Happy
Vou tentar atualizar a fic todo o dia.
Ah, e um ps que eu n tinha posto no primeiro cap: Alguns capítulos podem conter alguns palavrões, mas nada além disso. Smile
Ai vai o cap 2 Wink Espero que gostem!


CAPÍTULO 2
Acidentalmente Apaixonada

Well I didn't mean to do it,
But there's no escaping your love…*



- Quanto você me ama?

Lisbon suspirou e passou o telefone para o outro ouvido.

- O que você quer Jane? – Ela perguntou.

- Primeiro me diga o quanto você me ama!

Mais do que você imagina.

Ela rapidamente deixou de lado esses (completamente inapropriados) pensamentos e franziu as sobrancelhas.

- Hm... Mais do que a ponto de deixar você levar um tiro, e menos que a ponto de fazer um tratamento de canal.

- Li-is-bo-on! – Jane lamentou. – Fala sério!

- Eu estou falando sério. – Ela disse, ironicamente. – Agora, o que você quer?

- Uma carona.

- Uma carona. – Ela repetiu. – O que aconteceu com seu carro?

- Rebocado. – Ele soava tão tristonho (adorável...) que ela se viu sorrindo. Ela balançou a cabeça. Precisava se controlar.

- Como isso foi acontecer?

- Bem, eu estava nesse parque, - ele começou a se explicar – e acho que não deveríamos estacionar na grama...

Ela revirou os olhos.

- Ok. Onde você está?

- Roseville.

Sem mais divertimentos, ela rosnou aborrecida.

- Jane! Isso é a cerca de 20 minutos sem tráfego! Estou ocupada aqui!

- Por favor? – Lamentou-se. – Está ficando muito quente aqui e eu estou com fome!

Ela suspirou.

- Ok. Onde você está, precisamente?

- Obrigado Lisbon! Eu sabia que você me amava! Mais até que a ponto de fazer um tratamento de canal!

- Não aposte nisso. – Ela murmurou, desligando.

Cinco minutos depois, após explicar a sua equipe aonde estava indo e o que aconteceu, ela ia para seu carro.

Por todas as coisas mais sagradas, só Jane conseguiria ter seu carro rebocado por estacionar na grama em um parque público. Só ele estacionaria ali, em primeiro lugar.

Pelo menos ele não está na cadeia dessa vez. Ainda.

E então, provavelmente ele vai insistir em levá-la pra jantar por causa dos problemas que causou. Se ela disser que sim, ele vai se orgulhar, brincar, e irritá-la até ela ter vontade de voltar para seu (vazio, solitário, depressivo) apartamento, com sua comida chinesa e os filmes ruins que passam na TV. Mas mesmo assim, ela tem certeza que ele vai tentar. E provavelmente, na manhã seguinte ela encontraria uma das suas tão estimados (bonitos, charmosos e extremamente bem feitos) animais de origami sobre sua mesa. E ele vai continuar a se comportar por pouco tempo. Talvez.

Quando ela chegou no parque, o achou sentado na grama fazendo uma coroa de flores. Quando ele a viu, se levantou de um pulo e correu na direção dela, com sua criação na mão.

- Eu fiz isso pra você. – Ele disse. – Obrigado por vir me pegar.

Ela revirou os olhos e pegou a coroa.

- Encantadora. – Ela disse, sarcástica. – Me faz lembrar das que eu fazia quando tinha cinco anos.

- Você me chama de criança adulta às vezes. - Ele sorriu. – Vamos. Eu vou comprar o jantar pra você e depois vamos procurar meu carro.

Ela sorriu para si mesma. Ela conhecia ele (muito, muito) bem.

- x –

Sua campainha tocou. Uma sucessão de rápidos toques como se o visitante estivesse só brincando com o botão. Gemendo, ela se levantou e foi ver quem era. Quem diabos...?

Ela parou. Só uma pessoa ficaria apertando a campainha daquele jeito.

Jane.

Maldito. Ela estava tirando seu primeiro dia de atestado por estar doente em dois anos e ele aparece.

- O que você quer? – Falou, balançando a porta aberta.

- Eu estou aqui para cuidar da paciente. – Ele disse animado. – Hightower disse que você está doente. – Ele segurava um par de sacolas de compra. – Eu trouxe comida.

Muito cansada para discutir com ele, ela deixou ele entrar e seguiu de volta para o sofá.

- Como está se sentindo? – Ele perguntou, estendendo sua mão (macia, de temperatura agradável e extremamente suave) para sentir a temperatura de sua testa. – Droga, Lisbon, você está queimando!

- Eu estou bem. – Disse, com a voz rouca. Ele revirou os olhos, ignorando-a.

- Eu trouxe canja de galinha. – Ele diz a ela. – E trouxe também um pedaço de torta, caso você queira algo doce. Ah! E trouxe também um macarrão amanteigado desse novo restaurante italiano que abriu.

Ela fez uma careta.

- Eu realmente não quero nada, Jane. – Ela não falou pra ele que, da maneira que seu estômago estava dando voltas, ela não conseguia fazer nada descer o dia todo. Sendo Jane, contudo, ele parecia suspeitar.

- Chá e biscoitos, então. – Ele decidiu por ela, se levantando. Ele foi para a cozinha antes que ela pudesse reclamar, levando as sacolas com ele.

Que diabos ele estava fazendo ali? Será que ela não ficava o suficiente com ele quando ela estava bem? Sem mencionar que ela devia estar parecendo literalmente uma merda...

- Biscoitos e chá de menta. – Voltou ele, com o xícara e o prato em mãos e sentou na frente dela. – Bom para o estômago.

- Jane...

- Só umas mordidinhas... – Ele insistia. – Só isso. Ele mostrou um sorriso largo (charmoso, sexy, iluminado), que era sua “marca registrada” e colocou o prato e a xícara perto dela. – Por favor?

Suspirando, ela pegou um biscoito e deu uma mordidela. Quando não sentiu nada no estômago, ela pegou outro. Para sua surpresa, a pequena refeição parecia realmente estar ajudando—a.

- Viu? – Ele dizia orgulhoso, dando a impressão de estar lendo a mente dela. (Claro.)

Ela o ignorou e se focou em comer lentamente. Quando terminou ela empurrou o prato e a caneca para o lado. Seu estômago realmente estava melhor, mas sua cabeça ainda parecia estar sendo esmurrada. Ela se sentia com frio e estava dolorida.

- Frio? – Ele perguntou. Quando ela acenou lentamente com a cabeça, ele se moveu para perto dela. – Vem aqui.

Sim, por favor.

- Não.

- Ah, Vamos!

- Não! Ainda mais que isso deve ser contagioso.

Ele colocou um braço em volta dela e tentou puxá-la para junto dele.

- Não importa. Eu posso usar meus poderes psíquicos para fazer você querer.

- Não, você não pode.

Ele pausou.

- Não, eu não posso. Mas eu não ligo. Vem aqui. – Sem esperar uma resposta, ele a puxou de encontro ao seu (quente, amplo, surpreendentemente bem musculoso) peito.

Involuntariamente, ela relaxou, deixando sua cabeça apoiada nele. Ele afagava-lhe as costas, massageando os músculos doloridos.

- Melhor, não? - Ele disse, vangloriando-se.

Sim. Oh, sim.

- Talvez.

- Mentirosa. – Ele riu calmamente. – Só relaxe. Eu prometo me comportar.

- É isso basta. – Ela murmurou, sonolenta. Ele continuava afagando-lhe as costas e os ombros, e isso fazia ela se sentir mais calma. Ela se sentia como se estivesse derretendo.

Ele falava com a voz calma e educada, com a boca encostada no ouvido dela:

- Para você, Lisbon, - ele murmurou – Eu faço o meu melhor. – Ele parou um pouco antes de adicionar: - Até você estar saudável de novo, claro. Daí vai ser um jogo justo.

Ela riu baixinho, feliz com o flash de normalidade.

- Isso é bom, Jane. – Ela disse. – Não conte a ninguém, mas eu não ia querer ninguém mais aqui comigo.

Logo que as palavras caíram de sua boca, ela não podia crer que realmente as tivesse dito. Ela não podia acreditar nem que as tivesse pensado. Jane era irritante, arrogante. Ele tinha um flagrante desrespeito às regras que jogava na cara dela regularmente. (E ela já estava até estranhando, pois ele a estava abraçando e nem a estava irritando por conta disso. É porque você está doente.)

Ela está tão ferrada...






* Letra da Música Accidentally in Love, de Couting Crows
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Mensagem por Eli Dom 20 Jun 2010, 8:55 am

Esperando ansiosa... I Me You I'm Your [COMPLETA] 929943
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Mensagem por ladymarion Dom 20 Jun 2010, 5:02 pm

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
Morri de rir, juro.
Primeiro, adoro essa música, super divertida.
Lembro que vi o clip ( se não me engano era do filme do Shrek )

Agora o Jane é fogo........
Nem com muita insistência Lisbon consegue afugenta-lo....
Ele é um caco, realmente muitas vezes Patrick parece um moleque, hahahaha.

- Isso é bom, Jane. – Ela disse. – Não conte a ninguém, mas eu não ia querer ninguém mais aqui comigo.

Hahaha, um momento de confissão.
Agora Patrick enlouquece....

Quero ler mais, e mais e mais, hahahaha

To amando, muito bem escrita e divertidissima.

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Mensagem por P.Schoeller Dom 20 Jun 2010, 10:33 pm

Obrigada pelos comentários meninas Very Happy
Ai vai mais um cap! Enjoy Wink


CAPÍTULO 3
Correndo Colina Acima

And if I only could
Make a deal with God
And get Him to swap our places…*



- Você nunca se perguntou por que fazemos esse trabalho?

Lisbon olhou para Grace, surpresa. Quando ela viu que sua mais nova agente estava séria, ela parou.

- Às vezes. – Ela refletiu. – Mas geralmente sei o por que. – Ela franziu as sobrancelhas. – Porque a pergunta?

A agente encolheu os ombros.

- É só que... Às vezes esse pode ser um trabalho difícil. Você nunca sentiu que parece que as perdas são maiores que os ganhos?

- Talvez. – Lisbon disse, refletindo. – Às vezes. Este é um trabalho difícil. – Não tinha como negar isso. Olhe o caso que eles a recém fecharam. A vítima era um estudante de medicina que deixou para trás uma pilha de dividas e uma mulher grávida. A mulher perdeu o marido (violentamente), está em ruína financeira e tem que criar o bebê sozinha.

- Então você se pergunta mesmo?

Ela abaixou a caneta e olhou-a com firmeza.

- E o que causou isso? – Perguntou. – Foi nosso último caso?

- Mais ou menos. Nós... Nós vemos tantas coisas horríveis, e fica um pouco difícil lidar com isso às vezes.

- Pois é. – Lisbon concordou, lentamente. Ela se perguntou brevemente se ela (fria, abrasiva, socialmente desajeitada) era quem deveria estar tendo essa conversa com Grace.

- Eu costumava a falar com Rigsby sobre isso. – Grace continuou. – Mas agora... – Ela baixou os olhos.

Agora Lisbon realmente não queria ter essa conversa com ela. (A tão conhecida como conversa de garotas nunca havia sido seu forte.) Mas era óbvio que a jovem mulher precisava de uma amiga, e ela, aparentemente, era isso.

- Você terminou. – Ela disse. – Pelo trabalho.

Ela acenou com a cabeça.

- Ele estava disposto a ser transferido para podermos ficar juntos. Mas eu não poderia deixá-lo fazer isso. Ele me culparia por isso, mesmo que ele diga que não.

Lisbon não estava realmente surpresa pela atitude de Rigsby mas, ela estava realmente supresa com a prudência da agente iniciante.

- Você fez a coisa certa. – Ela disse. – E valeu a pena. Até eu, sempre ficava desconfiada, olhando para os lados, para saber se Hightower não tinha descoberto nada.

- Eu sei. – Ela disse com um pequeno sorriso. – Eu sei que as regras existem por um motivo, mas as vezes você não simplesmente as odeia?

Lisbon deu de ombros.

- Na verdade, não. Como você mesma disse, elas existem por um motivo. (Elas a mantém sã, com os pés no chão, elas fazem sentido...)

- E sobre você e Jane?

- E o que sobre nós? – Sua confusão se mostrava falsa até para seus próprios ouvidos. Ela quase riu de si mesma.
Grace deu uma longa olhada em Lisbon. (Daquelas que dizem Vamos, Lisbon!)

- O que? – Ela disse, provocando um revirar de olhos em Van Pelt. (Se isso não fosse parecer suspeito, Lisbon iria xingá-la por desrespeito.)

- Não se faça comigo, Lisbon. Todos nós sabemos que você está apaixonada por ele. Exceto por ele mesmo. E todos, menos você, sabemos que ele está apaixonado por ti.

- O que? – Agora ela realmente estava confusa. Ela levou um momento para se recompor. – Eu não estou a apaixonada por Jane. – Ela adicionou, tarde demais. (Mentirosa...)

Grace só sorriu.

- Ok Lisbon. Ok...

- x –

Esse foi, definitivamente, um dia dos infernos. Ela já teve piores, mas ainda assim foi uma droga. Deus, ela estava cansada (fisicamente, emocionalmente, mentalmente), mas só pensar em voltar pra casa já a dava vontade de gritar (chorar, ficar bêbada, cortar os pulsos). Então ela decidiu ficar no trabalho aquela noite para mexer com a papelada.

Ela mal tinha começado quando alguém bateu na porta.

- Entra. – Ela disse. Ela estava bastante certa (era quase uma certeza absoluta) de que sabia quem era. E ela havia acertado. Um momento depois, Jane apareceu.

- Oi Lisbon – Falou. – Eu ia vir ver se você queria sair pra jantar comigo mas eu tive a sensação de que você diria que não queria ir. Então, eu trouxe para comermos aqui.

- Você pensou certo. E eu não estou com fome. – Ela respondeu. Ela não estava (de verdade!) com vontade de ficar com ele.

- Você está definitivamente com fome. – Ele disse, reprovando-a. – Você mal almoçou. Vamos! Eu estou com tudo arrumado na cozinha.

- Não.

Ele vai até ela e a pega pelo braço, forçando-a a ficar de pé, mas ela não se deixou intimidar.

- Comida. – Ele ordenou. – Agora.

Revirando os olhos ela o deixou ele arrastá-la até a cozinha. Ele havia comprado comida tailandesa – uma das favoritas dela – e tudo estava perfeitamente arrumado. Era sexta, sem nenhum caso, então o lugar estava um deserto.

- Viu? – Ele disse, sem deixar passar o olhar agradecido no rosto dela. Ela o ignora e senta numa cadeira. Sorrindo ele senta do outro lado da mesa. – Então, o que te faz ficar aqui numa noite de sexta?

- Papéis.

- Isso pode esperar até segunda. – Ele a relembra. – Vamos Lisbon, despeje! – Ele levanta as sombrancelhas. – Eu posso te hipnotizar...

- Você não iria. – Ela diz, vivaz. (Pelo menos ela esperava isso...)

- Provavelmente não. – Ele concordou. – Mas sério, o que houve? Problemas com homens? Apartamento invadido por Aliens?

Ela fez uma carranca.

- Eu realmente não estou com humor pra isso hoje, Jane. A gente pode, por favor, só comer?

- Não até você me contar o que está acontecendo. Talvez eu possa ajudar.

- Eu acho que não. – Ela disse, a fim de terminar o assunto (por que ele não pode... Não dessa vez). Quando ele simplesmente a olhou, ela suspirou. – Meu irmão Tommy está na cadeia. De novo.

- De novo? – Ele repetiu.

Ela estremeceu. Ela não queria ter lhe dito isso, mas ele tinha um jeito que conseguia sugar informações dela.

- É a segunda vez. – Ela disse. – Na primeira vez, ele foi para prisão por drogas. Ele se mete em problemas desde que era um adolescente.

Ela não queria falar sobre ele, contar seu segredo. Mas ele estava usando aquele seu olhar intenso que praticamente gritava “deixe-me ajudá-lo” e as palavras saiam de sua boca.

- Depois que minha mãe morreu, eu praticamente criei meus irmãos. Nosso pai era... Bem, ele tentou por um tempo. Mas ele começou a beber com o passar dos anos. Se transformou em outra coisa completamente diferente.

- Quantos anos você tinha? – Jane perguntou. Ele tentava lhe passar firmeza, seu olhar era calmo e imparcial.

- Doze. Meu irmão, Bryan, tinha dez, Tommy oito e Jason tinha quatro. Meu pai não sabia o que fazer conosco, eu acho. Ele ficou simplesmente quebrou quando minha mãe morreu. – Agora que ela começou a falar, as palavras pareciam flutuar de sua boca. – Ele gritava e nos xingava... Dizendo coisas horríveis.

- Ele te bateu? – Perguntou, sério.

Ela não queria responder aquilo. Ela não...

- Sim. – Ela deixou sair. – Eu fiz o meu melhor para proteger meus irmãos e cuidar deles, mas eu não consegui. E enquanto isso, Tommy já tinha começado a se meter em confusões. Vandalismo, invasão, pequenos furtos. – Ela sacudiu a cabeça. – Eu não sabia como lidar com ele.

- Você era uma criança. – Jane a relembrou. Seus (bonitos, surpreendentemente azuis) eram suaves e, de uma forma que não era característica dele, compassivos.

Ela encolheu os ombros.

- Eu era. Todos éramos. Quando eu tinha dezesseis anos... – Ela engoliu. – Papai veio para casa uma noite. Ele estava sóbrio, pela primeira vez. Mas algo estava errado. Ele... Ele tinha uma arma. – Deus, a sua voz tremia.

Jane segurou sua mão, e contra seu melhor juízo, não o repeliu. Ao invés disso, ela aproveito o calor suave do toque.

- Ele disse que todos nós estaríamos melhor mortos. – Ela continuou, forçando as palavras a saírem, cegamente. Agora que começou, ela pretendia terminar isso. Ele queria saber, afinal de contas. – Seu plano era nos matar e depois se matar.

Jane apertou a mão dela e correu o dedão pelos nós dos dedos dela. Ela se distraiu momentaneamente pela sensação (ligeiramente sexy) calmante.

- Lisbon? – Ele estimulou. – O que aconteceu?

Ela chacoalhou a cabeça, limpando-a daqueles pensamentos.

- Eu o implorei para não fazer aquilo. Eu literalmente me ajoelhei e implorei. Quando eu vi que ele não iria se mover, eu disse que ele não precisava fazer isso, que eu faria. Que ele podia tirar sua própria vida que eu cuidaria do resto.

- E ele acreditou em você?

- Sim. – Ela fechou os olhos. A imagem de seu pai parado a sua frente, maníaco, com uma arma pressionada em sua cabeça estava queimada em sua memória. Ela ainda podia ouvir o som do tiro. Ela recuou. – Ele disse – Contava a Jane – que sempre podia contar comigo. Essa foi provavelmente a primeira coisa legal que ele me disse em anos. E depois ele atirou em sua cabeça.

- Lisbon... – A expressão de Jane era de alguma forma fora do comum, quase animalesca. Ele nunca tinha visto algo tão terrível como isso, tirando os casos do Red John. Ele se sentia mal por ela.

- Eu tentei me emancipar legalmente. – Ela continuou, desejando colocar tudo pra fora rapidamente. – Eu queria nos manter juntos e criar meus irmãos. Negaram, em parte pelos problemas do Tommy. Eu o culpei, e nós brigamos muito. Ele também me culpou por várias coisas.

- Pela morte do seu pai? – Jane presumiu.

Ela concordou.

- Nós fomos separados no sistema de adoção. Eu estava fora em apenas dois anos, mas Jason ficaria lá por mais dez. Nada foi o mesmo entre qualquer um de nós desde então. E então, Tommy teve problemas com as drogas e foi preso. Mal nos falamos desde o ocorrido.

- E agora ele está de volta na cadeia.

Ela concordou novamente.

- Por drogas? – Ele perguntou.

- Não. – Ela estremeceu. – Quer dizer, mais ou menos. Seu negociante tem uma sobrinha - ela tem dezesseis anos, eu acho – e ele está criando-a. Tommy... Tommy... – Ela fechou os olhos. – Tommy a estuprou. De qualquer forma, ela contou a um professor na escola, o professor chamou a polícia e Tommy foi preso.

Seu irmãozinho era um drogado e um estuprador. Um estuprador. Seu irmãozinho. Depois de dizer tudo isso, ela mal conseguia controlar a vontade de vomitar.

- Isso não tem nada a ver com você. – Jane disse, com uma voz calmante. – Não é sua culpa, Lisbon.

- Isso tem tudo a ver comigo! – Ela responde, arrancando sua mãe das dele para poder esconder seu rosto. – Eu sou uma policial, Jane. Eu prendo os maus. Eu vejo as pessoas fazerem coisas horríveis umas as outras o tempo todo. E meu irmãozinho é um desses que faz as coisas terríveis. – Ela estremece, respirando fundo tentando não chorar. – Eu duvido que seja a primeira vez que ele tenha feito algo assim. E aquela menina...

- Eu sei. – Ele disse. – Mas isso não faz você menos policial e não te faz culpada.

Ela levantou a cabeça para olhar para ele.

- Eu fui estuprada. – Ela deixou escapar. – Na meu primeiro lar adotivo. Eles eram pessoas legais e Jason e eu fomos deixados juntos. Não queria que fossemos separados, por isso não fiz nada. Aconteceu somente uma vez.

Houve um longo (incomodo, doloroso, excruciante) silêncio. Pela primeira vez, Jane estava sem palavras. Ela podia ouvir seu coração batendo (tão alto que provavelmente até ele ouvia). Eles se encararam. Então ela se levantou. Tão rápido que empurrou sua cadeira para trás.

- Eu devo ir. – Ela disse, com a voz engasgada. – Eu não devia ter despejado tudo isso em cima de você. Perdão, Jane.
Como ela pode contar tudo aquilo a ele? O que ele deveria estar pensando dela agora? Ela é a Agente Lisbon (forte, dura, invencível), não um caso trágico. Não esperando a resposta dele, ela correu para seu escritório. Ele, claro, a seguiu. Ele não seria Jane se não fizesse isso.

- Lisbon, – Ele disse, entrando antes que ela pudesse fechar a porta – Lisbon, pare.

Ela virou de costas e tentou construir um semblante de controle (respire...). Mas ela não conseguia parar a cascata de lágrimas que desciam pelo seu rosto. Ele a virou para encará-lo.

- Não esconda de mim, Lisbon. – Ele disse, seriamente. – Não é necessário.

- Eu não estou escondendo. – Ela mentiu. – Eu só quero que você vá embora. – Ela precisava ficar sozinha. Reunir suas partes novamente (reconstruir seus muros...) e voltar a ser a Lisbon forte que ela deveria ser.

- Eu não vou. – Ele disse. Nesse momento ela tinha certeza que não o estava amando. Ela o odiava, odiava, odiava. Ele havia se enfiado em sua vida, enganando-a, fazendo ela confiar nele, e agora ela tinha contado seus segredos mais obscuros.

- Vai. – Ela disse. – Por favor, Jane. – Ela estava realmente chorando agora e ela não queria que ele visse isso.

- Não. – Ele a agarra e a puxa em sua direção, prendendo-a num abraço apertado. – Você não pode me contar tudo isso e esperar que eu te deixe sozinha.

Maldito Jane. Ela fez força, para livrar-se do abraço dele, mas ele é forte quando quer ser. Ele a segurava com força, recusando-se a deixá-la ir.

- Eu não vou. – Ele repetiu. – Nós somos amigos, não somos? Me deixe ser seu amigo, Lisbon.

Após outro minuto se debatendo, ela desistiu, deixando-se fazer parte do (confortável) abraço dele. Porque ele tinha que ser tão teimoso (amável, cavalheiro, caleiro-na-armadura-brilhante)? Ela chorou (envergonhada, desgostosa) no peito dele, suas lágrimas caindo no terno dele. Ele simplesmente a abraçou, suave, passando as mãos pelo cabelo dela.

Quando suas lágrimas finalmente diminuíram, ele falou, com o queixo pressionado contra o cabelo dela.

- Eu não tinha idéia Lisbon. Desculpa.

Ela se afastou rapidamente.

- Eu não quero que ninguém saiba. Não era pra ninguém descobrir.

Inclusive você.

- Ninguém vai pensar que você é menos. – Ele disse.

- Mas vão pensar diferente. Eu não devo ser a coitadinha Lisbon. Eu sou a chefe. Estou no comando. Eu não sou essa pessoa! Eu não quero –

Ela é cortada pelas mãos dele a prendendo e os lábios dele contra os seus.

Ah... Meu... Deus.

Depois de uma breve hesitação, ela entra no beijo, sentido o calor e a suavidade dos lábios dele. O gosto dele é incrível, como baunilha e pimenta, misturado com algo que ela não consegue identificar. Ele levanta uma mão e a passa pelos cabelos dela, puxando-a para ele.

Droga... Que merda eu estou fazendo?

Ela se afastou, procurando por ar. Porra, ele beija bem...

- Que diabos foi isso? – Ela mandou, enquanto ainda procurava por ar.

- Um beijo. – Ele respondeu simplesmente (só o melhor que ela jamais teve...). – Eu posso estar enganado, mas parece que você gostou, afinal, você estava aproveitando também.

Claro que eu estava, idiota.


- Esse não é o ponto.

Ele estendeu a mão para tocar seu rosto, mas ela recuou.

- Jane... – Ela disse, suplicante. – Não podemos.

- Lisbon... – Ele implora, tentando tocá-la novamente. Deus, ela quer que ele... Ela afasta esses pensamentos novamente.

- Eu tenho que ir. – Ela diz. – Por favor, por favor, não me siga.

Se recusando a encontrar o olhar dele, ela pega suas chaves e sua bolsa e vai embora, deixando para trás um Patrick Jane muito confuso.



*Letra da música Running Up That Hill, do Placebo
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Mensagem por KristyAnne Dom 20 Jun 2010, 11:21 pm

Uau!!! Tá cada vez melhor... Very Happy
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Mensagem por Eli Ter 22 Jun 2010, 9:00 am

Adooorando!!! I Me You I'm Your [COMPLETA] 929943
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Mensagem por Serena Ter 22 Jun 2010, 1:10 pm

Sem Palavras.. meu deus, escreves tao bem +.+

Parabens Very Happy
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Mensagem por P.Schoeller Ter 22 Jun 2010, 5:45 pm

Hey people Very Happy
Que bom que gostaram meninas!
Mais um cap saindo! Enjoy!

CAPÍTULO 4
Eu não estou indo a lugar nenhum


People come and go and walk away
But I'm not going anywhere, I'm not going anywhere…*



Ela não dormiu. Ela se virou de um lado para o outro até o amanhecer, quando ela finalmente se levantou da cama e foi tomar um banho. Ela não se atreveu a ir ao CBI, se por acaso ele estivesse lá, então ela pega seu notebook e tenta fazer algum trabalho em casa.

Ele a beijou. Um real contato lábio com lábio.

Ela devia ter dado um tapa na cara dele. Ou chutado ele nas bolas. Ela deveria ter feito qualquer coisa menos beijá-lo de volta. Ele não deveria ter feito aquilo, ultrapassado aquele limite.

(Mas, droga, ela queria que ele a beijasse de novo.)

Ela não podia ficar com Patrick Jane. Além das regras e regulamentos da CBI eles são, absolutamente, 100% errados um para o outro. Óleo e água, eles não se misturam. Opostos. Ela é uma policial, séria e obediente, como manda a vestimenta. Ele é... Bom, ele é Jane.

Ela desejou brevemente ter amigos pra conversar, para dizê-la que diabos ela deveria fazer agora. Ela desejou que sua mãe ainda estivesse viva para que pudesse ligar para ela e pedir um conselho. Ela não é próxima aos seus irmãos e todos os seus amigos são colegas de trabalho. A coisa mais próxima de uma amiga que ela tem é Van Pelt, e ela definitivamente não vai ligar para ela.

É realmente uma pena, porque esse era o tipo de beijo, do qual você conta pros seus amigos. Ela odiava clichês, mas esse realmente tinha sido um beijo de conto de fadas. Do tipo que deixa você tonta e fraca, que a faz cair de joelhos (apaixonado, sexy, tóxico) e ela meio que desejava ter alguém para quem contar.

Já que não podia, ela abriu um novo documento no seu notebook e fez uma lista das razões pelas quais ela e Jane eram totalmente errados um para o outro. Ela falava e falava dos defeitos dele, numa tentativa de se conformar de que ele era apenas um idiota que beijava bem pra caramba.

Não funcionou. E ela ainda teve que se segurar para não deletar tudo e corrigir pelas coisas que ela gosta (ama) nele.
Quando terminou, ela salvou o arquivo com senha (tatu – o animal favorito de sua mãe) caso Jane um dia coloque as mãos no seu notebook e decida ficar mexendo. Uma vez que termina, pega suas roupas de treino e sai para correr. Isso sempre a ajudava a pensar melhor.

Não hoje. Tudo que ela conseguia pensar era sobre Patrick Jane e seu (inacreditável) beijo. Ela de volta até em casa, tomou um banho gelado e se esticou no sofá, onde finalmente dormiu.

E ela sonhou com Jane, claro. Os sonhos eram proibidos para menores de dezoito anos, no mínimo. Hora de tomar outro banho frio.

- x –

Ela não ficou completamente surpresa quando ele apareceu no fim da tarde. Ela meio que estava esperando ele. Ainda assim, ela tentou se fazer de desentendida.

- O que você está fazendo aqui?

Ele cruzou os braços.

- Você não acha que deveríamos conversar? – Ele perguntou. Ela suspirou.

- Sim, eu acho. – Ela não sabia para onde olhar. Toda a vez que ela olhava para o rosto dele, os seus desciam para os lábios dele. Fixando o olhar no chão, ela deu passagem para ele ir para a sala.

- Você sabe, - ele disse – ajudaria se você olhasse para mim.

Corando, ela levantou a cabeça para olhar para ele. Ele sorriu.

- Melhor. Então. Ontem a noite. Eu te beijei e você saiu correndo.

Ela acenou com a cabeça.

- Eu estava lá Jane. – Diz, ironicamente. – Eu lembro.

- Você também me beijou. – Ele adicionou. – Então eu sei que não é porque você não queria. – Ele procurou a mão dela, mas ela afastou-a.

- Por favor, não. – Ela implorou – Nós não podemos fazer isso. – Não importa o quanto queiramos.

- Você não vai nem pensar no assunto? – Ele perguntou.

Ela balançou a cabeça. Ela não podia pensar.

- Você realmente não está interessada? Não se sente dessa forma, mesmo?

- Você sabe que eu sinto. – Ela disse baixinho.

Ele procurou pela mão dela novamente, e dessa vez ela o deixouele pegá-la.

- Então por quê? – Perguntou.

- Bom, existem regras por uma razão. A CBI não permitiria. – Ela se agarrou a coisa mais lógica. Não queria dizer nada que a faria parecer uma tola. (“Você ainda está apaixonado por sua primeira esposa e eu não posso competir com isso” não cairia nada bem, e ainda seria errado.)

- Eu me demito. – Ele disse, simplesmente. Deixou sua outra mão descansando na perna dela. (Oh meu Deus).

- Eu não posso deixar você fazer isso. – Ela começou a dizer. Ela estava tendo problemas para se concentrar devido ao lugar onde a mão dele se encontrava.

Ela tirou sua mão do meio das deles e tirou a mão dele de sua perna. Não podia ter essa conversa com ele tocando-a.

- Você sabe porque Van Pelt e Rigsby terminaram? – Ela perguntou. Sabia que isso parecia algo completamente sem sentido e inseguro, mas não pensava num argumento melhor.

- Ela não queria que ele a culpasse algum dia por ele ser transferido. – Jane disse. Ele riu ironicamente com o olhar surpreso que ela deu. – Rigsby me contou.

- Se aplica o mesmo princípio. – Falou. – Você quer pegar Red John. Você vive por isso. E trabalhar conosco é basicamente sua única chance de conseguir.

- Verdade. – Ele concordou. – Caramba hein, mulher. – Ele suspirou.

Ela encolheu os ombros, se desculpando.

- Eu conheço você. – Ela disse suavemente. Havia milhões de outros motivos pelos quais eles não podiam ficar juntos, mas ele aceitou esse.

- Você tem certeza? – Ele perguntou. – Porque eu poderia tentar...

- Certeza absoluta. – Ela disse sem hesitar. Ele pegou a mão dela de novo, com o olhar triste.

- Isso significa que talvez possamos ficar juntos algum dia?

Ela fez que sim com a cabeça, sem se dar conta.

- Talvez um dia. – Ela concordou. – Mas não agora.

Ele se inclina e beija a cabeça dela de leve.

- Você realmente é uma mulher incrível. – Disse.

Ela corou e ele riu.

- Você quer que eu vá agora? – Perguntou. Ela concordou. Não conseguia confiar em si mesma o suficiente naquele momento para estar na volta dele. Não com aquele beijo ainda fresco na sua memória.

- É eu acho que sim. – Disse. – Te vejo segunda?

- Aham.

Ela ficou parada na porta enquanto ele saia. Ele se virou e pegou as mãos dela.

- Eu ainda estou aqui por você. Você sabe disso, certo?

- Sim. Eu confio em você. – (Exceto com o meu coração. Ainda não...)

Ele sorri.

- Bom. – Ele ergue a mão dela e beija-a. – Boa noite Lisbon.

Depois de ele ir, Ela se escora na porta fechada, passando os dedos pelos cabelos. Depois de tirar uns momentinhos para se recuperar. Depois foi até sua estante de DVDs e escolheu um que era definitivamente não-romântico.

Logo após os créditos de abertura, sua mente já viajava...

[i]Talvez algum dia.


*Letra da Música I’m Not Going Anywhere, de Karen Ann
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Mensagem por Eli Ter 22 Jun 2010, 6:19 pm

Pera aí, tem mais né????
Com final feliz Pelo o Amor de Deus!!! fiquei aflita agora...
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Mensagem por Vivi_Avila Ter 22 Jun 2010, 9:00 pm

Terminou???
NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOO
Tava tão bom...
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Mensagem por P.Schoeller Ter 22 Jun 2010, 9:02 pm

Gente!!!! Antes que todo mundo se desespere: a fanfic tem 11 caps, ainda não acabou!
Então estamos a 6 caps do fim dessa história! Wink
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Mensagem por Vivi_Avila Ter 22 Jun 2010, 9:03 pm

Ufaaaa..
q alivio
=]
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Mensagem por P.Schoeller Ter 22 Jun 2010, 9:11 pm

Amanhã tem cap novo Wink
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Mensagem por Vivi_Avila Ter 22 Jun 2010, 9:31 pm

viva
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Mensagem por ladymarion Ter 22 Jun 2010, 9:55 pm

Ai, nossa atrasei dois caps, hahahahha.
Mas amei, você escreve maravilhosamente bem.
Nossa, que história triste a da Lisbon, fiquei contente por ela ter contado ao Jane.

E amei mais ainda o beijo, hahahahah.
Pena que a Lisbon fugiu, hahaha, mas sinto que Jane não vai desistir assim tão fácil....... I Me You I'm Your [COMPLETA] 716738

Esperando o próximo cap

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Mensagem por Eli Qui 24 Jun 2010, 7:30 am

Ah tá!!!
Na espera.... I Me You I'm Your [COMPLETA] 204101
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Mensagem por Serena Qui 24 Jun 2010, 8:26 am

Já vim aqui umas 3 vezes ver se ja tinha actualizado.. tou a desesperar, eu realmente amo esta fic... I Me You I'm Your [COMPLETA] Icon_redface
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Mensagem por P.Schoeller Qui 24 Jun 2010, 1:48 pm

Muito, muito obrigada pelos coments! E desculpa a demora pelo cap, mas é que andou acontecendo umas coisas comigo, dai ficou dificil de entrar aqui xD
Bom, estou postando metade do cap agora, e metade eu posto mais tarde ok? Wink
Enjoy!


CAPÍTULO 5
Tão Perto

How should I face the faceless days
If I should lose you now?
We're so close
To reaching that famous happy end…

Ela se surpreendeu com o quão normal eles estavam nas semanas que seguiram o beijo. Jane ainda a incomodava e importunava (incessantemente), e ela ria ou fazia carranca enquanto tentava (mais ou menos, normalmente, na maioria das vezes) mantê-lo na tinha.
Às vezes, porém, ela o pegava olhando-a com uma espécie de olhar triste de saudade. Quando ele vê que ela esta olhando, sorria (suavemente, docemente), como se quisesse tranquilizá-la. Ela sorria e acenava com a cabeça ligeiramente.
É reconfortante saber que de alguma forma, eles estão se movendo para o algum dia deles, mas isso também a apavora. Ela sabe (muito bem) quais os planos dele para quando pegarem o Red John, e eles não são algo que ela possa aceitar. Ele planejava matar o notório serial killer e aquilo quebrava (esmagava, apertava, despedaçava) seu coração. Certamente, prender o homem que amava (agora ela conseguia admitir isso) seria o ponto culminante numa cadeia de acontecimentos ruins e amargos da sua vida.
Era como uma espécie de enredo de novela. Ela até riria, se não fosse verdadeiro. O que fazia perder completamente a graça.
Ela estava apaixonada por um homem que também a amava (milagrosamente), mas ele é (um pouquinho) louco, (completamente) vingativo, e uma grande inclinação para assassino. (Assassino do assassino. Irônico, não?) Muito para um felizes para sempre.

- x –

Foi um longo caso, porque todos estavam cansados. Eles estavam atrás do suspeito (que Jane tinha certeza que era culpado), e Lisbon estava pedindo (implorando) para que Jane ficasse no carro.

- Estou falando sério. – Ela disse firmemente, com as mãos no quadril.

Ele fez um biquinho para ela.

- Lisbon...

- Eu to falando sério Jane. Fica no carro. – Ela não podia falar pra ele que tendo-o por perto fazia ela perder o foco; que ela não conseguia pensar enquanto seu coração estava acelerado, e ele não desacelerava até saber que ele estava em segurança e (figuradamente) são.

- Sério cara. – Disse Cho. – Espera aqui.

Jane franziu as sobrancelhas, mas obedeceu, sentando de volta no carro.

- Tomem cuidado. – Ele fala pra eles. Ele diz isso vivaz, mas quando os olhos dele encontram os de Lisbon, ela pode ver a (superprotetora) sinceridade nos olhos dele.

- Nós vamos. – Ela prometeu, checando pela segunda vez suas armas, antes de balançar a cabeça afirmando que podiam ir, para o resto da equipe. Eles entraram na antiga casa cuidadosamente, com as armas pra baixo.

- Limpo! – Rigsby chama, depois de checar a cozinha.

- Limpo! – Grace grita da sala, antes de seguir para o andar de cima com Cho. Lisbon ia pelos fundos da casa. As palmas de suas mãos suavam um pouco, e ela segurava a arma firmemente.

- Lim – Ela é cortada pelo suspeito, Trevor Wilkins, saltando para perto dela de um armário. Ele tinha um olhar selvagem e a arma apontada para o peito dela.

Ela engoliu seco. Por um momento ela lembrou de Jane, salvo no carro (Graças a Deus).

- Calma ai. – Ela disse. – Só se acalme ok, Trevor?

- Acalmar? - Ele repetiu. – Você vai me prender, Agente Lisbon. Eu não vou ficar nada calmo. – Ele ergueu a arma, com o dedo contraindo-se sobre o gatilho. Ele estava agitado e volátil, e definitivamente capaz de atirar nela. (Porque ela não pôs um colete a prova de balas?)

Foco ela disse a si mesma, com uma gota de suor escorrendo entre seus olhos. Ela ajeitou as mãos na própria arma. Onde diabos estavam os outros?

- Não se mexa! – Wilkins sibilou. – Eu vou atirar! Não pense que não vou!

Algo no tom dele disse para ela não duvidar daquelas palavras, e então ela relaxou as mãos na arma, que já estavam tremendo.

- Eu não vou atirar. – Ela disse calmamente. – Aqui. Eu vou abaixar minha arma. – Ela mostrou que estava colocando a arma no chão, a sua frente. – Agora vamos só conversar, ok?

- Conversar? – Wilkins riu. – Eu não vou co – Ele é cortado por uma figura de cabelos loiros o atirando no chão.

JANE! Lisbon gritou em sua mente, exatamente no mesmo momento em que Wilkins atirou e ela sentiu uma explosão de dor em seu abdômen. Ela não pode parar o grito que rasgou de sua boca assim que ela caiu de joelhos no chão.

Eu levei um tiro... Ela sentiu aquilo penetrando sua mente. A dor a estava matando e havia sangue por todo o lugar. Vagamente, ela vê Jane literalmente sentando em cima de Wilkins, o incapacitando.

(Não era pra você ter ficado no carro?)

A comoção levou os outros até eles e rapidamente começaram a trabalhar. Rigsby e Cho rapidamente foram prender Wilkins, e pela a neblina que parecia tampar o seu olhar, ela via que eles estavam seguindo o protocolo. (Bom trabalho, congratulou ela mentalmente.) Grace rapidamente sentou ao lado dela, fazendo pressão na ferida.

- Lisbon? - Ela disse, com um pouco de pânico em sua voz. – Vamos, chefe. Fique comigo.

- To tentando. – Lisbon começou a responder. Ela sabia que era necessário pressionar a ferida e tentar estancar o sangue, mas, Deus, isso dói.


- Lisbon! – Esse era Jane, correndo na direção dela. Esquecendo de todos que estava a sua volta, puxou a cabeça dela para seu colo e começou a afagar seus cabelos. – Oh, Deus. Lisbon...

- E-eu to b-bem... – Ele parecia tão assustado, que ela não queria apavorá-lo mais.

- Claro. – Ele disse.

- A mantenha consciente, Jane. – Grace instruiu. Sua voz parecia muito distante. (Provavelmente isso não é um bom sinal...)

- Ouviu isso? – Jane perguntou. – Você tem que ficar consciente, ok? Só aguente um pouco.

- Por-Porquê? – Ela sabia o porque, mas não conseguia pensar direito.

- Por que – Jane começou, colocando sua mão na dela – se você estiver consciente, não está morta.

Ela queria rir dele, mas aquilo doía muito, e ela estava muito cansada. Seu corpo inteiro parecia pesar toneladas, e sua mente estava nublada.

- Lisbon! – Jane a chacoalhou devagar. – Lisbon, vamos! – Ela abriu os olhos para ver o rosto em pânico dele, próxima da dela. – Você tem que agüentar! – Você não pode ir a lugar algum! Nós temos que chegar ao nosso algum dia ainda!

Agora ela não sabia se devia rir ou chorar. Então ela focou somente em sua respiração e apertar a mão dele. Ela podia ouvir as sirenes a distância. Suas vozes parecendo longe e perto – Grace e Jane – Implorando para que ela ficasse com eles, para que ela ficasse acordada.

Vamos Lisbon. Aguente firme. Fique conosco...


Última edição por P.Schoeller em Qua 28 Jul 2010, 8:26 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem por KristyAnne Qui 24 Jun 2010, 2:33 pm

Que me matar né?!? ambulance heart
Mas Lisbon é forte... e vai se recuperar... hehehe
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Mensagem por Eli Qui 24 Jun 2010, 5:38 pm

Mais,mais,mais..... I Me You I'm Your [COMPLETA] 865620
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Mensagem por ladymarion Qui 24 Jun 2010, 11:07 pm

Ai meu Deus...........
Que capítulo mais torturante, heheheh.
Linda a preocupação de Jane e os amigos com a Lisbon, ela é muito querida apesar de durona.......

Tomara que ela aguente firme.
Anciosa pela outra parte.


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Mensagem por P.Schoeller Sáb 26 Jun 2010, 11:52 pm

Gente, desculpa a demora da outra parte! Mas é que minha mãe trocou a senha do provedor e eu fiquei sem internet --'
Mas ai está a outra parte do cap:


Ela abriu os olhos e viu o bip fixo das máquinas. Ela estava deitada sobre algo macio e seus músculos pareciam pesados. Tinha uma constante, latejante dor em seu abdômen, mas nada comparado ao que sentia antes.

Lentamente, ela virou sua cabeça de um lado para o outro. Hospital. Jane estava cochilando numa cadeira a sua esquerda, sua mão presa na dele. Sorrindo, ela apertou levemente a mão dele. Ele despertou, alerta.

- Lisbon? – Havia alivio gravado em todo seu rosto. (Ele estava mesmo tão assustado?) Ele se levantou se inclinou sobre ela. – Como você está se sentindo? Quer sentar um pouco?

Ela balançou a cabeça afirmativamente e ele apertou alguma coisa que fez com que a metade superior da cama levantasse.

- Obrigada. – Ela falou, sorrindo tristemente ao perceber quão rouca sua voz soou. – Água? – Ela se esforçou para dizer.

Ele era como uma criança em sua ânsia por ajudar. Num flash, ele tinha um copo de água e a ajudava a beber. O liquido gelado a ajudava a clarear a mente e os eventos do dia começaram a voltar a sua mente.

- Você salvou minha vida.

Ele corou. Ele realmente corou.

- Eu vi ele apontando a arma pra você e eu só... reagi.

- Eu te falei pra ficar no carro. – Ela o lembrou, sorrindo enquanto falava. (Graças a Deus ele não ficou.)

- Eu tive um pressentimento. – Ele contou. Ele sorriu ironicamente antes de continuar – Apesar de tudo, eu sou vidente.

- Não é não. – Ela retrucou. Isso parecia (felizmente) normal, e ela ficou grata por isso. Ele apertou a mão dela.

- Você me assustou. – Ele disse. Seu olhar era (ardentemente) sério. – Eu pensei que ele tinha te matado. – Ela tremeu com a idéia.

- Eu também. – Admitiu. – Mas estou bem... Certo?

Ele acenou que sim com a cabeça.

- Você sangrou bastante, mas a bala não atingiu nenhum órgão vital. Você vai ter que ficar de repouso por um tempo, mas vai ficar bem.

- Obrigado. – Ela disse. – Por combater o Wilkins.

Ele sorriu (o mesmo velho Jane) e afagou seu braço.

- De nada. – Ele disse. – Vou querer meu pagamento em dinheiro.

Ela revirou os olhos.

- Você parece horrível. – Disse. – Por quanto tempo você ta aqui?

- O mesmo tanto que você. Aproximadamente 18 horas. – Ele se espreguiçou e bocejou. – Eu poderia trocar de roupas e tomar um chá decente...

- Vai. – Ela disse.

Ele hesitou.

- Bom, já que você está de volta ao campo da vida...

- Eu to bem. – Ela insistiu. Ela precisava de um tempo longe dele de qualquer maneira – dele e do seu olhar super protetor.

- Tudo bem. – Ele concordou, depois de outro momento de hesitação. – Grace está em algum lugar por perto, falando com o médico. Ela via estar aqui num minuto. – Ele beijou a testa dela de leve e colocou as mãos no rosto dela. – Você me assustou, Teresa. – Ele disse, suavemente. – Tente não fazer isso de novo.

- Vou fazer o meu melhor. – Sua voz tremeu um pouquinho e ela corou. Ele sorriu e saiu do quarto acenando por sobre o ombro. Logo depois que ele sai, Lisbon fecha os olhos.

Ele salvou minha vida.

Patrick Jane salvou sua vida. Se não fosse por ele, ela estaria morta. Morta.

Ela ainda estava ponderando a idéia quando a porta se abriu. Grace estava parada ali, com uma caneca de café nas mãos. Sua agente mais nova parecia mais descansada que Jane, mas parecia tão cansada quanto. Quando ela viu que Lisbon estava acordada, de qualquer maneira, seu rosto se iluminou.

- Chefe! – Exclamou. – Ei...

Lisbon sorriu calmamente.

- Oi.

Grace apressou-se em puxar uma cadeira para sentar ao lado da cama.

- Como está se sentindo? Cadê Jane?

- Eu estou bem, um pouco dolorida, mas bem. Eu mandei Jane ir pra casa. Ele parecia um zumbi.

- Ele se recusou a ir embora ontem à noite. – Grace contou. – Ele estava tão preocupado. Todos estávamos. – Ela pegou a mão de Lisbon. – Você realmente nos assustou.

- Eu sei. – Lisbon podia vagamente lembrar Grace na cena, fazendo pressão no ferimento e gritando instruções pra Jane. – Obrigada, – Ela disse. – pelo que você fez...

Grace a cortou com um gesto de suas mãos.

- Eu estava fazendo o que podia.

- Bom, você fez tudo direitinho. – Lisbon apertou a mão dela. – Obrigada. – De repente ela pensou que não agradecia o suficiente seus agentes. Eles eram bons no que faziam e eles estavam sempre com ela, mesmo quando não estavam realmente salvando sua vida. (Eu devo a eles mais do que algum dia eles vão sonhar...)

- Eu até agora não descobri como Jane conseguiu fazer aquilo. – Van Pelt começou a pensar em voz alta. – Derrubar o Wilkins daquele jeito...

Lisbon encolheu de ombros. Ela nunca estava certa de como Jane conseguia fazer qualquer coisa. Ele realmente havia aparecido do nada, como algum super herói. (Não que algum dia eu vá chegar a falar isso para ele. Nunca.)

- Ele estava tão preocupado. – Grace adicionou. – Ele ficava aqui, andando de um lado para outro e murmurando algo sobre algum dia. – Ela enrugou a testa. – Vocês não estão...?
- Não. – Lisbon disse rapidamente. (Não agora, não ainda. Não podemos.)

- Por quê? – Van Pelt perguntou atônita. Lisbon quase riu dela.

- Por quê você terminou com Rigsby? – Ela devolveu, respondendo a questão com outra. Van Pelt pensou um minuto no que Lisbon disse, e depois baixou a cabeça, entendendo.

- Oh. – Ela suspirou. – Eu... Uau. Então vocês...? Uau. – Ela balançou a cabeça. – Então algum dia... Depois de Red John?

- Talvez. – Lisbon a olhou, carrancuda. – Você conta pra Rigsby ou Cho sobre essa conversa e eu vou te caçar e te matar!

Grace riu.

- Eu não esperaria menos que isso. – Ela disse, e Lisbon riu também.

Ela não ficou surpresa que a (às vezes irritante) observadora agente iniciante tivesse descoberto. E, apesar dela não partilhar todos os detalhes, era legal ter mais alguém que sabia. Alguém estava torcendo por eles

Olhando a frente, para algum dia.

*Letra da música So Close, de John McLauglin
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