Red Ocean
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Red Ocean
Título: Red Ocean
Autora(o): Ana Luiza Savioli (myself again)
Shipper: Jisbon
Gênero: Romance
Censura: R
POV: 3ª pessoa
Terminada: [ ] sim [x] não
Capítulos: 10
Outras Fics: Red words é minha também =)
Capitulo I - M-a-l-a-s
Sexta feira, dia primeiro de janeiro de 2010, Oceano Atlântico, 7:30 da manhã.
Theresa Lisbon abriu os olhos devagar. Sua cabeça latejava. Tapou os olhos com a mão, pois a claridade fazia a dor piorar. Tratou de se localizar. Era uma cabine não muito grande, com uma pequena janela circular acima da cama onde estava. Algumas malas sobre o sofá branco. Malas… por um instante ficou meio confusa olhando praquelas malas. Malas…
M-a-l-a-s.
Em poucos segundos a palavra já não fazia o menor sentido pra ela. Eram grandes, pretas, com alças cumpridas. Uma delas estava aberta, com algumas roupas ameaçando cair de dentro. Por que diabos não reconhecia aquelas coisas?
Levantou-se e foi até elas. Lembrou-se então da festa de ano novo. Lembrou que estava num cruzeiro. Lembrou do drink de licor com absinto. Lembrou da vodka com suco de maracujá e da com sorvete de menta. Lembrou da tequila. E… bem, a partir dali não se lembrou de mais nada. Ficou olhando para as malas por alguns instantes até desistir de reconhecê-las e virar-se para a cama novamente.
Foi então que levou as mãos à boca para abafar seu grito de choque.
Patrick Jane estava em seu quarto. Não. Estava no quarto de Patrick Jane. E não fazia a menor idéia do por quê.
Autora(o): Ana Luiza Savioli (myself again)
Shipper: Jisbon
Gênero: Romance
Censura: R
POV: 3ª pessoa
Terminada: [ ] sim [x] não
Capítulos: 10
Outras Fics: Red words é minha também =)
Capitulo I - M-a-l-a-s
Sexta feira, dia primeiro de janeiro de 2010, Oceano Atlântico, 7:30 da manhã.
Theresa Lisbon abriu os olhos devagar. Sua cabeça latejava. Tapou os olhos com a mão, pois a claridade fazia a dor piorar. Tratou de se localizar. Era uma cabine não muito grande, com uma pequena janela circular acima da cama onde estava. Algumas malas sobre o sofá branco. Malas… por um instante ficou meio confusa olhando praquelas malas. Malas…
M-a-l-a-s.
Em poucos segundos a palavra já não fazia o menor sentido pra ela. Eram grandes, pretas, com alças cumpridas. Uma delas estava aberta, com algumas roupas ameaçando cair de dentro. Por que diabos não reconhecia aquelas coisas?
Levantou-se e foi até elas. Lembrou-se então da festa de ano novo. Lembrou que estava num cruzeiro. Lembrou do drink de licor com absinto. Lembrou da vodka com suco de maracujá e da com sorvete de menta. Lembrou da tequila. E… bem, a partir dali não se lembrou de mais nada. Ficou olhando para as malas por alguns instantes até desistir de reconhecê-las e virar-se para a cama novamente.
Foi então que levou as mãos à boca para abafar seu grito de choque.
Patrick Jane estava em seu quarto. Não. Estava no quarto de Patrick Jane. E não fazia a menor idéia do por quê.
analuizasavi- Curioso
- Data de inscrição : 07/02/2010
Mensagens : 18
Localização : Campinas, SP
Re: Red Ocean
Hahahahhahhahhaah
Que bela visão ao acordar de manhã, hahahahha
Imagina o susto dela, ai ai.....muito bom
Quero só ver o que Patrick vai dizer, hehehehehe
Anciosa aguardando o próximo cap
beijinhos
gi
Que bela visão ao acordar de manhã, hahahahha
Imagina o susto dela, ai ai.....muito bom
Quero só ver o que Patrick vai dizer, hehehehehe
Anciosa aguardando o próximo cap
beijinhos
gi
ladymarion- Mentalista Treinee
- Data de inscrição : 05/05/2009
Mensagens : 444
Cap. II
Sábado, 24 de Dezembro de 2009, cidade de Sacramento, Califórnia, USA, 1:40 pm, CBI.
Na véspera de natal, o expediente acabava mais cedo, 14:30. Ao menos na teoria, já que os assassinos não costumam deixar de matar só porque é natal.
O clima na agência não tinha nada a ver com festas, mas sim apreensão. Um suspeito estava sendo interrogado enquanto a mulher do morto assistia, chorando. Patrick estava ao lado dela, prestando mais atenção na viúva que no suspeito, que por acaso era filho adotivo do casal. Lá dentro, Cho dava conta de fazê-lo botar pra fora tudo que tinha feito na noite do crime.
Lisbon passou por trás dos dois e entrou na sala do interrogatório. Avisou que o filho legítimo da mulher acabara de entrar na agência dizendo ser culpado.
A viúva entrou em pânico, e negou, dizendo que o culpado era o filho adotivo, sem sombra de dúvidas.
Claro que no fim a mulher foi presa e acabou confessando ter mandado seu filho legítimo matá-lo pela herança. E claro que ela fez de tudo pra incriminar aquele que, para sua surpresa, era herdeiro. E mais uma vez, claro que o rapaz que entrou na agência dizendo ser culpado não era nada além de invenção de Jane.
O clima ficou mais leve lá pelas duas horas. No escritório, Patrick, Rigsby e Van Pelt diziam como passariam o natal. Foi quando Cho chegou com Lisbon.
- E vocês, onde passarão o natal? – perguntou Jane.
- Meu irmão mais velho, minha cunhada e minhas duas sobrinhas vieram me visitar. – disse Lisbon. – Vou passar em casa.
- Com minha família também. Nada de viagens, não daria tempo. – respondeu Cho.
Minelli interrompeu a conversa ao esticar o pescoço para dentro da sala.
- Hey, estão lembrados daquele sorteio?
- Que sorteio? – estranhou Lisbon.
- Jane não falou pra vocês? – espantou-se Minelli, olhando com ar de repreensão para Patrick.
- Ah, sim, o sorteio. – pronunciou-se o loiro – Acho que me esqueci de mencionar.
- Enfim, vocês ganharam.
- Ganhamos o que? – quis saber Rigsby, já quase comemorando.
- Conte a eles, Jane. – ordenou Minelli, saindo em seguida.
Os quatro fizeram uma roda ao redor de Patrick.
- Ah, não é nada de mais. Passar a virada do ano num transatlântico. Apenas uma repartição federal ganharia e pelo jeito fomos nós.
- Nós… Nós cinco!? – gaguejou Risby.
- Nós cinco. – confirmou Jane.
- Não, vocês quatro. – disse Lisbon. – Meu irmão e sua família ficam em casa até dia cinco, não posso ir.
Os demais olharam para a chefe.
- Ora, por que você tem sempre que ir contra todo pequeno momento de felicidade? – reclamou Patrick.
- Eu não chamaria um cruzeiro de pequeno momento de felicidade. – murmurou Rigsby.
- Não estou indo contra. Apenas não estou indo.
- Ora, vamos! Seu irmão não ia se importar se passasse um tempo num transatlântico.
- Eles viajaram cinco horas num avião para passar o natal e a virada do ano comigo. – explicou Lisbon – E não simplesmente na minha casa, sozinhos.
- Certo, não vá. – concordou Patrick – Você não ia saber aproveitar de qualquer forma. – disse, num singelo sorriso.
- Não, você não vai me convencer a ir assim.
- Assim como?
- Dizendo que eu não sou capaz de me divertir e daí eu vou lá e aceito ir pra te provar que sim. Mas sabe de uma coisa? Não preciso te provar nada, Jane.
- Bem, eu vou ligar pro meu tio não vir. – disse Cho – Com certeza vai entender.
- Viu? Por que os parentes do Cho entendem e o seu não? – perguntou Jane.
- Porque os parentes do Cho não chegaram ainda. – respondeu Lisbon, encarando-o nos olhos, e falando pausadamente – Os meus já atravessaram o país e estão na minha casa, nesse momento.
- Você passa o Natal com eles e depois a virada do ano conosco, que tal? – sugeriu Patrick.
- Esqueça, Jane. Divirtam-se.
***
Ao entrar em casa, Lisbon ouviu a voz de seu irmão perguntando-lhe onde ficava o leite. Respondeu e foi até a cozinha, onde o viu dando de comer aos filhos pequenos.
- Boa tarde, tia Teresa. – disseram os dois gêmeos de cinco anos, juntos.
- Bom dia, pequeninos! Como passaram o dia?
- Eles brincaram a tarde inteira, agora estão mais quietos. – disse o homem.
- Que bom. A tia Teresa trouxe um presente. – disse, forçando a voz para falar como criança – Gostam de chocolate?
Naquele momento, uma mulher, loira e alta, entrou na cozinha. Era sua cunhada.
- Se gostam? Se pudessem não comiam outra coisa. – ela disse.
- Mas só depois do jantar. – avisou o pai – Senão depois não comem.
- Eu vou deixar no armário, depois você dá a eles. – disse Lisbon, colocando o pacote onde anunciara.
Lisbon se encostou na geladeira e assistiu o irmão dando comida aos gêmeos. Cruzou os braços e olhou ao redor, inquieta.
- O que houve, Teresa. Está estranha. – notou Molly, a cunhada.
- Ah, não é nada.
- Hmm...eu já comecei a assar o peru. Não é muito grande, mas somos em poucos.
- Ótimo, ótimo.
- Não se preocupe, eu mesmo vou cozinhar. Quando abri sua geladeira e vi todas aquelas comidas congeladas percebi que não deve ser muito sua praia. – riu Molly.
- É, não é mesmo. – constrangeu-se Lisbon, que até estava preocupada sobre a ceia de natal.
- Mas acho que tem algo te preocupando. – ela insistiu.
- Ah, não é nada.
Lisbon então ia sair da cozinha, quando parou, fez um monte de gestos com a mão e gaguejou.
- O pessoal da agência estava… planejando passar a virada do ano num cruzeiro.
- Ah, que ótimo. Você vai?
Lisbon se surpreendeu com a pergunta de seu irmão.
- Claro que não. Vou passar com vocês.
- Claro que não por que? – perguntou Molly. – Não vejo problema algum, se você quiser ir, pode ir.
- Obviamente nós gostaríamos muito da sua presença, mas nós temos passado os últimos cinco finais de ano juntos. O John já quebrou a tradição e foi pra Flórida, por que não você também?
- Vocês atravessaram o país pra chegar aqui, eu não poderia…
- Ora, Lisbon, vá! Eu e a Molly levaremos as crianças até a praça pra ver os fogos, não se preocupe conosco.
- Não acho que seja certo.
- Lisbon, vá. Quando outra oportunidade como essa surgirá? Nós temos ainda muitos anos pra passarmos juntos.
Lisbon olhou para os dois, torceu a boca, fechou um olho, como quem iria tomar uma decisão da qual tinha medo de se arrepender, mas concordou finalmente, tirando um peso de seus ombros. No dia seguinte iria requisitar sua passagem.
Na véspera de natal, o expediente acabava mais cedo, 14:30. Ao menos na teoria, já que os assassinos não costumam deixar de matar só porque é natal.
O clima na agência não tinha nada a ver com festas, mas sim apreensão. Um suspeito estava sendo interrogado enquanto a mulher do morto assistia, chorando. Patrick estava ao lado dela, prestando mais atenção na viúva que no suspeito, que por acaso era filho adotivo do casal. Lá dentro, Cho dava conta de fazê-lo botar pra fora tudo que tinha feito na noite do crime.
Lisbon passou por trás dos dois e entrou na sala do interrogatório. Avisou que o filho legítimo da mulher acabara de entrar na agência dizendo ser culpado.
A viúva entrou em pânico, e negou, dizendo que o culpado era o filho adotivo, sem sombra de dúvidas.
Claro que no fim a mulher foi presa e acabou confessando ter mandado seu filho legítimo matá-lo pela herança. E claro que ela fez de tudo pra incriminar aquele que, para sua surpresa, era herdeiro. E mais uma vez, claro que o rapaz que entrou na agência dizendo ser culpado não era nada além de invenção de Jane.
O clima ficou mais leve lá pelas duas horas. No escritório, Patrick, Rigsby e Van Pelt diziam como passariam o natal. Foi quando Cho chegou com Lisbon.
- E vocês, onde passarão o natal? – perguntou Jane.
- Meu irmão mais velho, minha cunhada e minhas duas sobrinhas vieram me visitar. – disse Lisbon. – Vou passar em casa.
- Com minha família também. Nada de viagens, não daria tempo. – respondeu Cho.
Minelli interrompeu a conversa ao esticar o pescoço para dentro da sala.
- Hey, estão lembrados daquele sorteio?
- Que sorteio? – estranhou Lisbon.
- Jane não falou pra vocês? – espantou-se Minelli, olhando com ar de repreensão para Patrick.
- Ah, sim, o sorteio. – pronunciou-se o loiro – Acho que me esqueci de mencionar.
- Enfim, vocês ganharam.
- Ganhamos o que? – quis saber Rigsby, já quase comemorando.
- Conte a eles, Jane. – ordenou Minelli, saindo em seguida.
Os quatro fizeram uma roda ao redor de Patrick.
- Ah, não é nada de mais. Passar a virada do ano num transatlântico. Apenas uma repartição federal ganharia e pelo jeito fomos nós.
- Nós… Nós cinco!? – gaguejou Risby.
- Nós cinco. – confirmou Jane.
- Não, vocês quatro. – disse Lisbon. – Meu irmão e sua família ficam em casa até dia cinco, não posso ir.
Os demais olharam para a chefe.
- Ora, por que você tem sempre que ir contra todo pequeno momento de felicidade? – reclamou Patrick.
- Eu não chamaria um cruzeiro de pequeno momento de felicidade. – murmurou Rigsby.
- Não estou indo contra. Apenas não estou indo.
- Ora, vamos! Seu irmão não ia se importar se passasse um tempo num transatlântico.
- Eles viajaram cinco horas num avião para passar o natal e a virada do ano comigo. – explicou Lisbon – E não simplesmente na minha casa, sozinhos.
- Certo, não vá. – concordou Patrick – Você não ia saber aproveitar de qualquer forma. – disse, num singelo sorriso.
- Não, você não vai me convencer a ir assim.
- Assim como?
- Dizendo que eu não sou capaz de me divertir e daí eu vou lá e aceito ir pra te provar que sim. Mas sabe de uma coisa? Não preciso te provar nada, Jane.
- Bem, eu vou ligar pro meu tio não vir. – disse Cho – Com certeza vai entender.
- Viu? Por que os parentes do Cho entendem e o seu não? – perguntou Jane.
- Porque os parentes do Cho não chegaram ainda. – respondeu Lisbon, encarando-o nos olhos, e falando pausadamente – Os meus já atravessaram o país e estão na minha casa, nesse momento.
- Você passa o Natal com eles e depois a virada do ano conosco, que tal? – sugeriu Patrick.
- Esqueça, Jane. Divirtam-se.
***
Ao entrar em casa, Lisbon ouviu a voz de seu irmão perguntando-lhe onde ficava o leite. Respondeu e foi até a cozinha, onde o viu dando de comer aos filhos pequenos.
- Boa tarde, tia Teresa. – disseram os dois gêmeos de cinco anos, juntos.
- Bom dia, pequeninos! Como passaram o dia?
- Eles brincaram a tarde inteira, agora estão mais quietos. – disse o homem.
- Que bom. A tia Teresa trouxe um presente. – disse, forçando a voz para falar como criança – Gostam de chocolate?
Naquele momento, uma mulher, loira e alta, entrou na cozinha. Era sua cunhada.
- Se gostam? Se pudessem não comiam outra coisa. – ela disse.
- Mas só depois do jantar. – avisou o pai – Senão depois não comem.
- Eu vou deixar no armário, depois você dá a eles. – disse Lisbon, colocando o pacote onde anunciara.
Lisbon se encostou na geladeira e assistiu o irmão dando comida aos gêmeos. Cruzou os braços e olhou ao redor, inquieta.
- O que houve, Teresa. Está estranha. – notou Molly, a cunhada.
- Ah, não é nada.
- Hmm...eu já comecei a assar o peru. Não é muito grande, mas somos em poucos.
- Ótimo, ótimo.
- Não se preocupe, eu mesmo vou cozinhar. Quando abri sua geladeira e vi todas aquelas comidas congeladas percebi que não deve ser muito sua praia. – riu Molly.
- É, não é mesmo. – constrangeu-se Lisbon, que até estava preocupada sobre a ceia de natal.
- Mas acho que tem algo te preocupando. – ela insistiu.
- Ah, não é nada.
Lisbon então ia sair da cozinha, quando parou, fez um monte de gestos com a mão e gaguejou.
- O pessoal da agência estava… planejando passar a virada do ano num cruzeiro.
- Ah, que ótimo. Você vai?
Lisbon se surpreendeu com a pergunta de seu irmão.
- Claro que não. Vou passar com vocês.
- Claro que não por que? – perguntou Molly. – Não vejo problema algum, se você quiser ir, pode ir.
- Obviamente nós gostaríamos muito da sua presença, mas nós temos passado os últimos cinco finais de ano juntos. O John já quebrou a tradição e foi pra Flórida, por que não você também?
- Vocês atravessaram o país pra chegar aqui, eu não poderia…
- Ora, Lisbon, vá! Eu e a Molly levaremos as crianças até a praça pra ver os fogos, não se preocupe conosco.
- Não acho que seja certo.
- Lisbon, vá. Quando outra oportunidade como essa surgirá? Nós temos ainda muitos anos pra passarmos juntos.
Lisbon olhou para os dois, torceu a boca, fechou um olho, como quem iria tomar uma decisão da qual tinha medo de se arrepender, mas concordou finalmente, tirando um peso de seus ombros. No dia seguinte iria requisitar sua passagem.
analuizasavi- Curioso
- Data de inscrição : 07/02/2010
Mensagens : 18
Localização : Campinas, SP
Re: Red Ocean
Aeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
Um cruzeiro com todos juntos, hahahaha.
Isso vai dar o que falar.......
Louca para ler.
beijinhos
gi
Um cruzeiro com todos juntos, hahahaha.
Isso vai dar o que falar.......
Louca para ler.
beijinhos
gi
ladymarion- Mentalista Treinee
- Data de inscrição : 05/05/2009
Mensagens : 444
Re: Red Ocean
Segunda-feira, 28 de Dezembro de 2009, Porto de São Francisco, Califórnia, 7:45 am.
- Fico feliz que tenha decidido vir, Lisbon.
Um carregador levava as malas do grupo para o devido lugar. Enquanto isso, os cinco atravessavam a plataforma de embarque para que um homem de terno com um sorriso estampado no rosto lhes indicasse suas cabines. Lisbon olhou para Patrick, vestido com uma bermuda social, parecendo mais um dos ricos que embarcavam.
- É, eu também.
- Seu irmão ficou bravo?
- Um pouco.
Patrick sorriu. Claro que percebia quando ela mentia.
- Fica enjoada em navio? – Patrick perguntou.
- Ah, não sei, nunca estive em um.
- Sorte sua. – disse Van Pelt, que estava logo atrás dos dois – O primeiro dia é o inferno pra mim.
Quanto todos já estavam instalados em suas respectivas cabines, foram, exceto por Van Pelt que ficou vomitando no quarto, até o lado de fora, dar uma olhada no que o navio tinha a oferecer. O cassino, a piscina, os três restaurantes, a sauna, sala de jogos… Rigsby mal se continha. Cho se continha o quanto possível. Patrick… não se continha nem um pouco.
Depois do almoço Lisbon voltou à cabine e deixou os três conversando apoiados na beirada do navio.
- Vai pro cassino hoje à noite? – perguntou Rigsby.
- Não, vou deixar pra quando faltar grana. – respondeu Patrick.
- Quais são os planos então? – estranho Cho.
- Vou levar Lisbon pra jantar.
Os dois o encararam imediatamente.
- Como assim? – quis saber Rigsby.
- No restaurante italiano. Ou será que ela prefere o árabe?
- A pergunta é: por que quer levar a Lisbon pra jantar?
- Ora, é algum crime?
- Olha, eu vou levar a Van Pelt pra jantar. – explicou Rigsby – Entende?
- Mas Lisbon já sabe de vocês, qual o problema dela estar presente?
- Não é esse o ponto! – desesperou-se Rigsby – O que eu quis dizer é…
- Está interessado na Lisbon? – perguntou Cho, seco, direto ao assunto.
Patrick lhes deu aquele olhar de suspense, baixou a cabeça, e quando percebeu que os dois começavam a arregalar os olhos, riu.
- Haaa… peguei vocês.
Os dois lhe deram uma careta e voltaram a olhar pra frente, para o mar.
- Não seria uma grande surpresa, na verdade. – provocou Rigsby.
- O que quer dizer?
- Vocês dois. Ela sempre chama você pra acompanhá-la a campo. Mesmo dizendo que odeia suas brincadeiras.
- Não… - negou Patrick, como se aquilo fosse absurdo – Ela só não quer é ficar longe de mim de medo que eu faça alguma besteira.
- Do tipo destruir um Lamborghini Gallardo que nem é seu? – Lembrou Cho.
- Mas fechei aquele caso, não fechei?
- Era um Lamborghini de 360 mil dólares. – insistiu Cho. – Não somos pagos pra comprar esse tipo de carros, pra que destruí-lo em nome de uma investigação?
- Eu sempre soube que você adorava carros. – observou Jane, sorrindo e apontando para o colega.
- E você também, o que não lhe impediu de jogar aquele de um precipício direto no mar.
- Foi um acidente!
Os dois lhe encararam.
- Eu juro! Eu estava tentando convencê-lo de que a cor daquele era ruim pra que comprasse outro, e aí ia colocar meu plano em prática…
- Claro.
- Olha, ele nem cobrou um novo.
- Pelo contrário. – riu Rigsby – Te emprestou outro pra que levasse a Lisbon almoçar.
- Você levou a Lisbon almoçar? – chocou-se Cho.
- Numa Mercedes SLR McLaren. – gabou-se Patrick.
- O que me faz voltar à pergunta do início: Está interessado na Lisbon?
- Ora, rapazes. Eu só acho que ela precisa arranjar vida, sabe? Sair do escritório um pouco, ter um encontro, se divertir.
- Ter um encontro? Está saindo com ela por isso? – estranhou Rigsby – Está fazendo o papel de um namorado sem ser?
Patrick demonstrou pensar em tal possibilidade e em seguida sorriu.
- Quase isso.
- Cuidado com essa história. – Advertiu Cho.
- Que quer dizer?
- Nunca se sabe o que esperar das mulheres, ela pode acabar confundindo as coisas e realmente achar que está interessado nela. – respondeu Rigby.
- E o problema com isso é…? Não acho que ela vá me processar por assédio.
- Está enganando ela. – justificou Cho.
- Não, não estou. Se ela acha que estou interessado nela, nós vamos ter uma conversa como dois adultos racionais e maduros. As coisas vão se esclarecer e então tudo vai voltar a ser como antes. – explicou Patrick, pausadamente, tentando fazer tudo o mais simples possível.
Os dois riram.
- Como se a Lisbon fosse chegar em você e perguntar “Hey, Jane, você está interessado em mim?”.
- Onde querem chegar?
- E se ela se apaixonar? – perguntou Cho.
- Lisbon? – Patrick riu – Estamos falando da mesma pessoa?
- Jane, se eu ou o Cho causássemos metade dos problemas que você causa, já estaríamos demitidos.
- Eu fecho casos.
- Você destrói Lamborghinis.
- Mas fecho casos.
- E leva ela pra almoçar.
- Era uma Mercedes SLR McLaren. Quer dizer, que mulher recusaria?
- A Lisbon, por exemplo. – respondeu Cho.
- Claro que não! – duvidou Patrick.
- Claro que sim. Acha que ela aceitaria se fosse o Cho? Quero dizer, o quão estranho seria?
- Obrigado pela parte que me toca. – reclamou Cho.
- Levar sua chefe pra almoçar não é nenhum assédio.
- Não, mas também não é normal.
- Além do que… - começou Rigby – Pra que agir feito um namorado sem ser? Você faz a parte trabalhosa da coisa e não ganha a recompensa.
Cho olhou de canto para o companheiro.
- De qualquer forma… ela já topou o jantar? – perguntou Cho.
- Ainda não falei com ela. – respondeu, olhando no relógio de pulso – Hm, já são duas horas, precisamos arranjar algo pra fazer. Por que não chama a Van Pelt e vamos todos pra piscina?
- Grace está vomitando desde o almoço. – respondeu Rigby. – Mas eu topo.
- Eu também. – aceitou Cho.
- Vou chamar a Lisbon. – avisou Jane.
Os dois lhe deram um olhar duvidoso.
- A idéia era irmos todos, não era? Se ela puder ir, qual o problema? – justificou-se Patrick.
Dali cinco minutos estava no corredor, batendo na porta da cabine de Lisbon. Ela abriu, estava com uma blusa branca mais fresca que as camisas sociais usuais.
- Eu, o Cho e o Rigby estamos indo pra piscina e pensamos se não quer ir junto. – convidou Patrick.
- Ah, eu não sei, minha pele queima muito fácil e…
- Trouxe protetor, não se preocupe com isso. Vamos, está um dia lindo.
Lisbon quis recusar. Lisbon quis honestamente recusar, pois não achava bom ser vista em trajes de banho por sua equipe de policiais. Mas ia passar mais de uma semana ali, e se não entrasse na piscina ao menos um dia, Patrick não sairia de seu pé. Portanto aceitou, e fechou a porta para se trocar.
Patrick não esperou e foi na frente. Portanto quando ela chegou, usando uma tanga na cintura e um biquíni preto, pode-se dizer que ele ficou encantado. Não só ele, Rigsby e Cho não tiveram reações muito diferentes. Lisbon era bonita, afinal.
Ela sentou-se numa cadeira de piscina, debaixo de um guarda-sol. Patrick nadou até a borda o mais próximo dela.
- Se deitar nessa cadeira fica igualzinha essas modelos acompanhadas de seus velhos do petróleo.
- Claro. – ela riu, constrangida.
- Falo sério. – ele insistiu, com um sorriso na face. – Você ainda ganha, pois diferente dessas mulheres que passaram a vida sabendo que conseguiriam tudo que quisessem com um rosto bonito e um corpo de quarenta e cinco quilos, você trabalhou muito mais o cérebro do que o corpo, e, no entanto, ninguém diria isso, até que falasse com você e percebesse que sabe soletrar.
- Eu não peso quarenta e cinco quilos.
- Outra vantagem sua.
Rigsby estava perto o suficiente para ouvir aquele diálogo.
- Bom, então só me falta um velho do petróleo.
- E um amante mais jovem.
Lisbon riu novamente.
- Hey Lisbon, o que vai fazer essa noite?
- Não sei, acho que só dormir.
Patrick torceu o nariz.
- Está num cruzeiro e vai simplesmente dormir?
- O que sugere?
- Prefere comida italiana ou árabe?
- Por que? Estão planejando jantar num dos restaurantes?
- Ah, o Rigsby vai levar a Van Pelt e o Cho vai pro cassino, então eu preciso de uma compania.
Lisbon abriu a boca surpresa pelo convite. Só ela e Patrick num jantar?
- Bem… eu vou… pensar.
- Não vai entrar na água? – ele perguntou.
- Ah, claro, mais tarde.
- Venho cobrar. – avisou Patrick, voltando a nadar pra próximo de Cho e Rigsby.
Os dois o encararam.
- O que? – estranhou Jane.
- Eu é que pergunto. – disse Rigsby – O que foi isso agora?
- Vocês viram o quanto ela estava tímida em relação ao próprio corpo? Eu não agüento ver uma mulher bonita se sentir diminuída por modelos de quarenta e cinco quilos.
- Você acabou de dizer que prefere ela a uma modelo. – resumiu Cho.
- E isso é seriamente uma cantada. Uma boa cantada, aliás. Se não fosse a Lisbon provavelmente estaria na sua cabine com um champagne na mão a uma hora dessas.
- É, o amante mais jovem. – lembrou Cho.
- Relaxem, rapazes. Só disse isso pra que ela se solte mais, e outros caras possam olhar pra ela.
- Claro. – os dois disseram juntos.
- E ela ficou em dúvida quanto ao jantar. – lembrou Rigsby – Sinal de que ela está suspeitando de você.
- Ela ia passar a noite dormindo, eu não podia deixar. – justificou Jane – Ora, parem de se preocupar comigo e com ela e vão se divertir.
- Não posso. – disse Cho. – Namorada.
- Bem… Grace. – lembrou Rigsby.
- Você é o único solteiro aqui, Patrick.
- O que me dá uma fantástica idéia. – disse Rigsby – Que tal uma aposta?
Os dois o encararam esperando uma explicação.
- Nós escolhemos a mulher, e eu aposto duzentos dólares como não consegue conquistá-la. – explicou Rigsby.
Cho olhou para Patrick, esperando por sua resposta. Tinha gostado da idéia.
- Claro. Digam.
Os dois sorriram e olharam ao redor. Então Rigsby disse algo que só Cho conseguiu ouvir. Os dois conversaram de costas para Jane.
- Lisbon. – Rigsby disse finalmente.
- O que? Não. – respondeu Jane – De forma alguma, por que eu faria isso? Nós ainda vamos nos ver no trabalho depois daqui, não dá.
- Então está admitindo que ela se interessa por você?
- Claro que não. Apenas não quero deixar óbvio que tenho qualquer tipo de interesse. Ela me olharia estranho por muito tempo.
- Deixar mais óbvio, você quer dizer. – corrigiu Cho.
- Se ela não vai se interessar por você, quando perder, você explica a ela. Ela é adulta e vai entender perfeitamente.
- Não entro numa aposta pra perder.
- Então se esforce. – sorriu Rigsby.
- Desculpe, cara. – disse Cho – Mas dentre todas as mulheres daqui, Lisbon é a única que não cairia nas suas. Ela já te conhece. E nós também já te conhecemos o suficiente pra saber que 90% das mulheres caem na sua.
- E são duzentos dólares. – lembrou Rigsby.
Patrick os encarou desgostoso.
- Não. Não vou brincar com os sentimentos da Lisbon. Escolham outra.
- Qual a diferença entre brincar com os sentimentos da Lisbon e os de qualquer outra mulher? – perguntou Rigsby.
- A Lisbon ainda vai me ver por um bom tempo. As outras nunca mais. – ele respondeu.
- Ah, então não tem graça. Não dá pra apontar uma mulher agora, precisaríamos conhecer qualquer uma delas antes e garantir que ela é tão difícil quanto a Lisbon.
- Aguardo a nova aposta. – disse Jane. – Procurem o quanto quiser.
- Fico feliz que tenha decidido vir, Lisbon.
Um carregador levava as malas do grupo para o devido lugar. Enquanto isso, os cinco atravessavam a plataforma de embarque para que um homem de terno com um sorriso estampado no rosto lhes indicasse suas cabines. Lisbon olhou para Patrick, vestido com uma bermuda social, parecendo mais um dos ricos que embarcavam.
- É, eu também.
- Seu irmão ficou bravo?
- Um pouco.
Patrick sorriu. Claro que percebia quando ela mentia.
- Fica enjoada em navio? – Patrick perguntou.
- Ah, não sei, nunca estive em um.
- Sorte sua. – disse Van Pelt, que estava logo atrás dos dois – O primeiro dia é o inferno pra mim.
Quanto todos já estavam instalados em suas respectivas cabines, foram, exceto por Van Pelt que ficou vomitando no quarto, até o lado de fora, dar uma olhada no que o navio tinha a oferecer. O cassino, a piscina, os três restaurantes, a sauna, sala de jogos… Rigsby mal se continha. Cho se continha o quanto possível. Patrick… não se continha nem um pouco.
Depois do almoço Lisbon voltou à cabine e deixou os três conversando apoiados na beirada do navio.
- Vai pro cassino hoje à noite? – perguntou Rigsby.
- Não, vou deixar pra quando faltar grana. – respondeu Patrick.
- Quais são os planos então? – estranho Cho.
- Vou levar Lisbon pra jantar.
Os dois o encararam imediatamente.
- Como assim? – quis saber Rigsby.
- No restaurante italiano. Ou será que ela prefere o árabe?
- A pergunta é: por que quer levar a Lisbon pra jantar?
- Ora, é algum crime?
- Olha, eu vou levar a Van Pelt pra jantar. – explicou Rigsby – Entende?
- Mas Lisbon já sabe de vocês, qual o problema dela estar presente?
- Não é esse o ponto! – desesperou-se Rigsby – O que eu quis dizer é…
- Está interessado na Lisbon? – perguntou Cho, seco, direto ao assunto.
Patrick lhes deu aquele olhar de suspense, baixou a cabeça, e quando percebeu que os dois começavam a arregalar os olhos, riu.
- Haaa… peguei vocês.
Os dois lhe deram uma careta e voltaram a olhar pra frente, para o mar.
- Não seria uma grande surpresa, na verdade. – provocou Rigsby.
- O que quer dizer?
- Vocês dois. Ela sempre chama você pra acompanhá-la a campo. Mesmo dizendo que odeia suas brincadeiras.
- Não… - negou Patrick, como se aquilo fosse absurdo – Ela só não quer é ficar longe de mim de medo que eu faça alguma besteira.
- Do tipo destruir um Lamborghini Gallardo que nem é seu? – Lembrou Cho.
- Mas fechei aquele caso, não fechei?
- Era um Lamborghini de 360 mil dólares. – insistiu Cho. – Não somos pagos pra comprar esse tipo de carros, pra que destruí-lo em nome de uma investigação?
- Eu sempre soube que você adorava carros. – observou Jane, sorrindo e apontando para o colega.
- E você também, o que não lhe impediu de jogar aquele de um precipício direto no mar.
- Foi um acidente!
Os dois lhe encararam.
- Eu juro! Eu estava tentando convencê-lo de que a cor daquele era ruim pra que comprasse outro, e aí ia colocar meu plano em prática…
- Claro.
- Olha, ele nem cobrou um novo.
- Pelo contrário. – riu Rigsby – Te emprestou outro pra que levasse a Lisbon almoçar.
- Você levou a Lisbon almoçar? – chocou-se Cho.
- Numa Mercedes SLR McLaren. – gabou-se Patrick.
- O que me faz voltar à pergunta do início: Está interessado na Lisbon?
- Ora, rapazes. Eu só acho que ela precisa arranjar vida, sabe? Sair do escritório um pouco, ter um encontro, se divertir.
- Ter um encontro? Está saindo com ela por isso? – estranhou Rigsby – Está fazendo o papel de um namorado sem ser?
Patrick demonstrou pensar em tal possibilidade e em seguida sorriu.
- Quase isso.
- Cuidado com essa história. – Advertiu Cho.
- Que quer dizer?
- Nunca se sabe o que esperar das mulheres, ela pode acabar confundindo as coisas e realmente achar que está interessado nela. – respondeu Rigby.
- E o problema com isso é…? Não acho que ela vá me processar por assédio.
- Está enganando ela. – justificou Cho.
- Não, não estou. Se ela acha que estou interessado nela, nós vamos ter uma conversa como dois adultos racionais e maduros. As coisas vão se esclarecer e então tudo vai voltar a ser como antes. – explicou Patrick, pausadamente, tentando fazer tudo o mais simples possível.
Os dois riram.
- Como se a Lisbon fosse chegar em você e perguntar “Hey, Jane, você está interessado em mim?”.
- Onde querem chegar?
- E se ela se apaixonar? – perguntou Cho.
- Lisbon? – Patrick riu – Estamos falando da mesma pessoa?
- Jane, se eu ou o Cho causássemos metade dos problemas que você causa, já estaríamos demitidos.
- Eu fecho casos.
- Você destrói Lamborghinis.
- Mas fecho casos.
- E leva ela pra almoçar.
- Era uma Mercedes SLR McLaren. Quer dizer, que mulher recusaria?
- A Lisbon, por exemplo. – respondeu Cho.
- Claro que não! – duvidou Patrick.
- Claro que sim. Acha que ela aceitaria se fosse o Cho? Quero dizer, o quão estranho seria?
- Obrigado pela parte que me toca. – reclamou Cho.
- Levar sua chefe pra almoçar não é nenhum assédio.
- Não, mas também não é normal.
- Além do que… - começou Rigby – Pra que agir feito um namorado sem ser? Você faz a parte trabalhosa da coisa e não ganha a recompensa.
Cho olhou de canto para o companheiro.
- De qualquer forma… ela já topou o jantar? – perguntou Cho.
- Ainda não falei com ela. – respondeu, olhando no relógio de pulso – Hm, já são duas horas, precisamos arranjar algo pra fazer. Por que não chama a Van Pelt e vamos todos pra piscina?
- Grace está vomitando desde o almoço. – respondeu Rigby. – Mas eu topo.
- Eu também. – aceitou Cho.
- Vou chamar a Lisbon. – avisou Jane.
Os dois lhe deram um olhar duvidoso.
- A idéia era irmos todos, não era? Se ela puder ir, qual o problema? – justificou-se Patrick.
Dali cinco minutos estava no corredor, batendo na porta da cabine de Lisbon. Ela abriu, estava com uma blusa branca mais fresca que as camisas sociais usuais.
- Eu, o Cho e o Rigby estamos indo pra piscina e pensamos se não quer ir junto. – convidou Patrick.
- Ah, eu não sei, minha pele queima muito fácil e…
- Trouxe protetor, não se preocupe com isso. Vamos, está um dia lindo.
Lisbon quis recusar. Lisbon quis honestamente recusar, pois não achava bom ser vista em trajes de banho por sua equipe de policiais. Mas ia passar mais de uma semana ali, e se não entrasse na piscina ao menos um dia, Patrick não sairia de seu pé. Portanto aceitou, e fechou a porta para se trocar.
Patrick não esperou e foi na frente. Portanto quando ela chegou, usando uma tanga na cintura e um biquíni preto, pode-se dizer que ele ficou encantado. Não só ele, Rigsby e Cho não tiveram reações muito diferentes. Lisbon era bonita, afinal.
Ela sentou-se numa cadeira de piscina, debaixo de um guarda-sol. Patrick nadou até a borda o mais próximo dela.
- Se deitar nessa cadeira fica igualzinha essas modelos acompanhadas de seus velhos do petróleo.
- Claro. – ela riu, constrangida.
- Falo sério. – ele insistiu, com um sorriso na face. – Você ainda ganha, pois diferente dessas mulheres que passaram a vida sabendo que conseguiriam tudo que quisessem com um rosto bonito e um corpo de quarenta e cinco quilos, você trabalhou muito mais o cérebro do que o corpo, e, no entanto, ninguém diria isso, até que falasse com você e percebesse que sabe soletrar.
- Eu não peso quarenta e cinco quilos.
- Outra vantagem sua.
Rigsby estava perto o suficiente para ouvir aquele diálogo.
- Bom, então só me falta um velho do petróleo.
- E um amante mais jovem.
Lisbon riu novamente.
- Hey Lisbon, o que vai fazer essa noite?
- Não sei, acho que só dormir.
Patrick torceu o nariz.
- Está num cruzeiro e vai simplesmente dormir?
- O que sugere?
- Prefere comida italiana ou árabe?
- Por que? Estão planejando jantar num dos restaurantes?
- Ah, o Rigsby vai levar a Van Pelt e o Cho vai pro cassino, então eu preciso de uma compania.
Lisbon abriu a boca surpresa pelo convite. Só ela e Patrick num jantar?
- Bem… eu vou… pensar.
- Não vai entrar na água? – ele perguntou.
- Ah, claro, mais tarde.
- Venho cobrar. – avisou Patrick, voltando a nadar pra próximo de Cho e Rigsby.
Os dois o encararam.
- O que? – estranhou Jane.
- Eu é que pergunto. – disse Rigsby – O que foi isso agora?
- Vocês viram o quanto ela estava tímida em relação ao próprio corpo? Eu não agüento ver uma mulher bonita se sentir diminuída por modelos de quarenta e cinco quilos.
- Você acabou de dizer que prefere ela a uma modelo. – resumiu Cho.
- E isso é seriamente uma cantada. Uma boa cantada, aliás. Se não fosse a Lisbon provavelmente estaria na sua cabine com um champagne na mão a uma hora dessas.
- É, o amante mais jovem. – lembrou Cho.
- Relaxem, rapazes. Só disse isso pra que ela se solte mais, e outros caras possam olhar pra ela.
- Claro. – os dois disseram juntos.
- E ela ficou em dúvida quanto ao jantar. – lembrou Rigsby – Sinal de que ela está suspeitando de você.
- Ela ia passar a noite dormindo, eu não podia deixar. – justificou Jane – Ora, parem de se preocupar comigo e com ela e vão se divertir.
- Não posso. – disse Cho. – Namorada.
- Bem… Grace. – lembrou Rigsby.
- Você é o único solteiro aqui, Patrick.
- O que me dá uma fantástica idéia. – disse Rigsby – Que tal uma aposta?
Os dois o encararam esperando uma explicação.
- Nós escolhemos a mulher, e eu aposto duzentos dólares como não consegue conquistá-la. – explicou Rigsby.
Cho olhou para Patrick, esperando por sua resposta. Tinha gostado da idéia.
- Claro. Digam.
Os dois sorriram e olharam ao redor. Então Rigsby disse algo que só Cho conseguiu ouvir. Os dois conversaram de costas para Jane.
- Lisbon. – Rigsby disse finalmente.
- O que? Não. – respondeu Jane – De forma alguma, por que eu faria isso? Nós ainda vamos nos ver no trabalho depois daqui, não dá.
- Então está admitindo que ela se interessa por você?
- Claro que não. Apenas não quero deixar óbvio que tenho qualquer tipo de interesse. Ela me olharia estranho por muito tempo.
- Deixar mais óbvio, você quer dizer. – corrigiu Cho.
- Se ela não vai se interessar por você, quando perder, você explica a ela. Ela é adulta e vai entender perfeitamente.
- Não entro numa aposta pra perder.
- Então se esforce. – sorriu Rigsby.
- Desculpe, cara. – disse Cho – Mas dentre todas as mulheres daqui, Lisbon é a única que não cairia nas suas. Ela já te conhece. E nós também já te conhecemos o suficiente pra saber que 90% das mulheres caem na sua.
- E são duzentos dólares. – lembrou Rigsby.
Patrick os encarou desgostoso.
- Não. Não vou brincar com os sentimentos da Lisbon. Escolham outra.
- Qual a diferença entre brincar com os sentimentos da Lisbon e os de qualquer outra mulher? – perguntou Rigsby.
- A Lisbon ainda vai me ver por um bom tempo. As outras nunca mais. – ele respondeu.
- Ah, então não tem graça. Não dá pra apontar uma mulher agora, precisaríamos conhecer qualquer uma delas antes e garantir que ela é tão difícil quanto a Lisbon.
- Aguardo a nova aposta. – disse Jane. – Procurem o quanto quiser.
analuizasavi- Curioso
- Data de inscrição : 07/02/2010
Mensagens : 18
Localização : Campinas, SP
Re: Red Ocean
Hahahahaha
Oh nossa.....eu ri um bocado com o interrogatório dos rapazes.
Essa história esta demais.
Mas preocupada se Patrick decidir aceitar a aposta......
Se Lisbon descobrir...brava do jeito que é....aí, ela vai jogar ele no chão, sapatear em cima dele, e chuta-lo aos tubarões, hahahahaha.
Ohhhhhhh, nossa......
Quero ler a continuação logo...........please? hehehehe
beijinhos
gi
Oh nossa.....eu ri um bocado com o interrogatório dos rapazes.
Essa história esta demais.
Mas preocupada se Patrick decidir aceitar a aposta......
Se Lisbon descobrir...brava do jeito que é....aí, ela vai jogar ele no chão, sapatear em cima dele, e chuta-lo aos tubarões, hahahahaha.
Ohhhhhhh, nossa......
Quero ler a continuação logo...........please? hehehehe
beijinhos
gi
ladymarion- Mentalista Treinee
- Data de inscrição : 05/05/2009
Mensagens : 444
Re: Red Ocean
Naquela noite, Patrick apareceu na porta de Lisbon vestindo um smoking consideravelmente elegante. Mantinha aquele lindo sorriso, como se o mundo pudesse ser perfeito. Engraçado, um homem com os traumas de Jane, sorrir e conseguir iluminar a todos sua aura. Mesmo Lisbon se encantava.
Ela, por sua vez, usava um vestido vermelho, tomara que caia, bastante bonito. Estava muito bem maquiada, de forma que Patrick apostou que Van Pelt havia lhe ajudado com esses detalhes. A visão da chefe apenas aumentou seu sorriso.
O restaurante escolhido havia sido o italiano. Eles se sentaram, de frente um pro outro, como se fosse uma ocasião normal.
- Acho que o ambiente daqui é ótimo. – admirou-se Jane, começando uma conversa. – Claro, eu não quero nem saber quanto nos custaria toda essa mordomia.
- Muito mais do que podemos pagar com nossos salários. – disse Lisbon – Mas quem se importa?
- Acho que devíamos aproveitar essa oportunidade ao máximo.
- Que quer dizer?
- Nada de mais. – negou Patrick, dando a entender que não tinha nada especial em mente – Apenas… quero que se divirta.
Lisbon não entendeu bem o assunto, mas antes que conseguisse chegar a uma conclusão a respeito do mesmo, Patrick iniciou outro.
- Rigsby e Cho não gostaram que eu te chamasse pra jantar.
Lisbon franziu o cenho, tentando entender tal coisa.
- Por que não?
- Eles dizem que eu não devo chamar minha chefe pra sair.
Lisbon corou.
- Não é como se… como se… não é como… - gaguejou.
- Não é como se houvesse algo entre nós. – ajudou-lhe. – Eu disse a eles, mas… Sabe como é.
- Só porque Rigsby burlou as regras do CBI acha que todos fariam isso.
- Bem, Cho não burlou regra alguma.
- Mas viu o exemplo do Rigsby.
- Pode ser. Mas eles deveriam saber que jamais haveria algo entre nós. Só te levei almoçar uma vez pra aproveitar aquele belíssimo carro.
- Só por isso? – ela pareceu chocar-se com isso, mas disfarçou imediatamente.
- Claro… e você obviamente aceitou para dar uma volta. Era uma Mercedes! Quem não aceitaria? – ele disse, rindo, enquanto bebericava o vinho.
Ela ficou séria, quis falar, mas não teve certeza do que dizer.
- Bem, eu não aceitei só pelo carro. – ela corrigiu, parecendo insultada.
- Não? – fez cara de surpresa.
- Eu não aceitaria se fosse um desconhecido naquele carro.
- Ora, Lisbon, claro que não. Não estou dizendo isso pra te ofender, me desculpe, ok? Só estou deixando claro que não há nada entre nós, que somos dois adultos maduros que podem perfeitamente sair pra jantar ou almoçar fora, num lugar legal, sem que isso tenha segundas intenções.
- Claro. – ela corou, e falou rapidamente, movendo os lábios mais que o necessário – Claro, claro.
O que Patrick estava fazendo?
Descobrindo com muita facilidade de Lisbon realmente achava que ele estava tentando algo com ela. E a resposta era um sim muito claro.
- Nunca haverá nada entre você e eu. – ele disse, e observou ela engolir em seco – A menos que você queira, obviamente.
- O que? – ela pareceu não entender bem a última frase, porém havia sim entendido, não conseguia era acreditar.
- Nós poderíamos sair, qualquer dia.
- Como assim?
- Sair, não apenas como colegas de trabalho.
Ela franziu a testa, moveu a cabeça para os dois lados, sem tirar os olhos dele, e aquela expressão estupefata.
- Jane, o que você…
- Nada, Lisbon. – ele respondeu, num sorriso – Só estava pensando…
- Não. – ela disse, decidida, mas logo perdeu toda a pose, e seus ombros baixaram um pouco, como se arrependida do que disse, ou da forma como disse, sabe-se lá.
- Foi o que eu disse aos rapazes. Quer dançar?
Ele mudou de assunto tão rápido, e ela ainda estava tão preso ao anterior que demorou um tempo para responder.
- Claro… claro.
- Mas não aqui. – ele disse. – Não agora. Nós vamos sair e ir até a balada dos anos setenta.
- Vamos? – repetiu Lisbon, duvidando do tom autoritário com que ele profetizou aquilo.
- Por favor?
Ela levantou uma sobrancelha e o encarou duvidosa, mas enfim sorriu e aceitou.
- Eu não sei dançar esse tipo de música, é bom saber.
- Prefere dançar SpiceGirls?
Lisbon se calou, ficou vermelha e chocada pela frase. Como ele sabia sobre isso?
- Claro que não. – ela disse, sem muita confiança na voz.
Ele riu.
Depois do jantar os dois se dirigiram à tal balada anos 70. Estava realmente cheia de gente, alguns até vestidos a caráter. Bastante animada a festa, por sinal. Patrick já entrou sorrindo, aparentemente satisfeito com o que encontrara. Lisbon, por sua vez, demorou um tempo até se acostumar e se soltar.
Lisbon estava animada e sorria como nunca. Ao menos Patrick nunca a vira tão feliz.
E ela? Como ela via tudo isso?
Lisbon olhava Patrick com outros olhos. Era ótimo estar ao seu lado, fora da CBI, só pra variar.
O sorriso dele era simplesmente lindo. O cabelo bagunçado. Lisbon nunca tinha reparado em quão bonito Patrick era.
E quando foi perceber, estava completamente hipnotizada por ele. O que era engraçado de se pensar, já que ele sabia perfeitamente hipnotizar alguém no sentido literal da palavra. Mas agora não tinha nada relacionado a isso, era apenas ele e seu fantástico sorriso, sua risada, suas brincadeiras, sua dança planejada pra disfarçar os passos errados que ela dava.
A música que tocava se chamada “Lay all your Love on me”, e era do grupo ABBA, o mesmo que tocava a famosa Dancing Queen.
A letra da música veio a calhar. Quando Lisbon percebeu o que ela dizia, começou a ficar vermelha.
Lisbon começou a tremer, e temeu que o fantástico mentalista percebesse alguma coisa. Em seus pensamentos, Lisbon gritava a si mesma “Não, eu não gosto dele, de forma alguma, eu não gosto do Jane!”. Mas de nada adiantava. E aquela letra lhe fazia ainda mais inconfortável.
- Eu vou até o banheiro. – ela avisou, e saiu de perto dele o mais rápido possível.
Entrou no toilet e lavou o rosto, tomando cuidado com a maquiagem. Olhou pra si própria no espelho. Ouviu a música, abafada pelas paredes do banheiro, acabar. Logo começou uma qualquer dos Bee Gees, e ela respirou fundo antes de sair.
Olhava ao redor, procurando por Patrick, distraída, quando alguém trombou com ela. Nem ia olhar quem fora, afinal, numa balada lotada como aquela, trombadas assim era o mais natural que acontecesse. Mas a pessoa, no caso, olhou.
- Teresa…? – o homem chamou, forçando a vista para reconhecê-la no escuro.
Lisbon olhou para ele, assustada por terem chamado seu nome, e o reconheceu de imediato.
- Richard? Richard, o que está fazendo aqui!?
Ele deu um largo sorriso, muito diferente dos sorrisos de Jane, e abriu os braços animado para abraçá-la. Ela não recusou, e eles se abraçaram calorosamente.
O homem era alto, moreno, com barba por fazer. Do tipo de desperta a atenção da maioria das mulheres.
- Vim passar a virada do ano, claro, o que mais? E você? Parou de trabalhar, finalmente?
- Ah, não, longa história.
- Algum assassinato do qual não estou sabendo? – riu ele.
Ela riu junto. Foi mais ou menos nessa hora que Patrick chegou.
- Ah, Richard, esse é o Jane. É aquele consultor que entrou na agência há um tempo, lembra-se?
- Ah, aquele que não dormia e fazia sapos mágicos de papel?
- Que bom que me conhece tão profundamente, senhor Richard. – disse Jane, num sorriso irônico – O que me intriga é que eu não te conheça nem de nome.
- Desculpe, muito prazer. – e apertou a mão do loiro fortemente – Meu nome é Richard Loire e sou um ex namorado da Teresa.
- Ex namorado. – repetiu Jane, virando os olhos até que se encontrassem com os dela.
- Foi há muito tempo. – ela acrescentou.
- Foi há um ano e meio, Teresa. – ele riu.
- Tanto faz. – disse Patrick – Que bom que se encontraram de novo. Certamente têm muito o que conversar. – e dizendo isso, se retirou.
Lisbon pareceu se preocupar e ia atrás dele, mas o tal Richard a parou.
- Ele tem razão, temos muito pra conversar, Teresa. – disse, numa voz aveludada.
Lisbon já não sabia o que sentir. A única coisa que sabia com certeza era de que não podia amar Patrick Jane.
Por que terminara com Richard mesmo?
Ah, sim. O trabalho ocupava a maior parte de seu tempo.
Na verdade nunca gostou muito dele, mas era um bom partido. Rico e bonito. Não que ela desse valor à essas coisas. No fundo, no fundo, Lisbon apenas queria dizer a todos que tinha sim uma vida, além do trabalho. E o resultado foi ter que admitir a si mesma que isso não é bem verdade.
- Senti sua falta, sabia? – ele disse, abraçando-a.
- Ouvi dizer que começou a namorar um mês depois.
- Eu queria te fazer ciúmes. Mas nunca funcionou. Você preferia correr atrás de um criminoso.
- Era…
- Seu trabalho… - ele interrompeu, completando – Eu sei, eu sei. Eu entendo, não se preocupe. Não vou disputar com isso. Vamos nos sentar e conversar?
- Claro…
Lisbon só voltou à sua cabine lá pelas três e meia da manhã, não muito bêbada, mas bastante alegre, acompanhada de Richard. Ele a deixou no quarto e saiu. Patrick, que estava sentado numa cadeira na outra esquina, por onde Lisbon não passara, a ouviu, acordou do cochilo e foi até a porta dela. Bateu, anunciou seu nome, e ela logo abriu.
- Jane? Ainda não foi dormir?
- Vim ver se você estava bem.
- São três e meia da manhã! – ela riu, devido ao álcool – E veio ver se estou bem?
- Lisbon, eu vou aproveitar que você não vai conseguir me dar uma bronca com o álcool que está no seu sangue agora, e vou pedir que não se encontre mais com o senhor Loire.
- Que? Richard? – ela riu – Por que?
- Porque ele é o tipo de cara que nunca vai te fazer feliz.
- E que tipo de cara vai me fazer feliz?
Não houve resposta.
- Foi o que eu pensei. – ela concluiu, fechando a porta.
Ela, por sua vez, usava um vestido vermelho, tomara que caia, bastante bonito. Estava muito bem maquiada, de forma que Patrick apostou que Van Pelt havia lhe ajudado com esses detalhes. A visão da chefe apenas aumentou seu sorriso.
O restaurante escolhido havia sido o italiano. Eles se sentaram, de frente um pro outro, como se fosse uma ocasião normal.
- Acho que o ambiente daqui é ótimo. – admirou-se Jane, começando uma conversa. – Claro, eu não quero nem saber quanto nos custaria toda essa mordomia.
- Muito mais do que podemos pagar com nossos salários. – disse Lisbon – Mas quem se importa?
- Acho que devíamos aproveitar essa oportunidade ao máximo.
- Que quer dizer?
- Nada de mais. – negou Patrick, dando a entender que não tinha nada especial em mente – Apenas… quero que se divirta.
Lisbon não entendeu bem o assunto, mas antes que conseguisse chegar a uma conclusão a respeito do mesmo, Patrick iniciou outro.
- Rigsby e Cho não gostaram que eu te chamasse pra jantar.
Lisbon franziu o cenho, tentando entender tal coisa.
- Por que não?
- Eles dizem que eu não devo chamar minha chefe pra sair.
Lisbon corou.
- Não é como se… como se… não é como… - gaguejou.
- Não é como se houvesse algo entre nós. – ajudou-lhe. – Eu disse a eles, mas… Sabe como é.
- Só porque Rigsby burlou as regras do CBI acha que todos fariam isso.
- Bem, Cho não burlou regra alguma.
- Mas viu o exemplo do Rigsby.
- Pode ser. Mas eles deveriam saber que jamais haveria algo entre nós. Só te levei almoçar uma vez pra aproveitar aquele belíssimo carro.
- Só por isso? – ela pareceu chocar-se com isso, mas disfarçou imediatamente.
- Claro… e você obviamente aceitou para dar uma volta. Era uma Mercedes! Quem não aceitaria? – ele disse, rindo, enquanto bebericava o vinho.
Ela ficou séria, quis falar, mas não teve certeza do que dizer.
- Bem, eu não aceitei só pelo carro. – ela corrigiu, parecendo insultada.
- Não? – fez cara de surpresa.
- Eu não aceitaria se fosse um desconhecido naquele carro.
- Ora, Lisbon, claro que não. Não estou dizendo isso pra te ofender, me desculpe, ok? Só estou deixando claro que não há nada entre nós, que somos dois adultos maduros que podem perfeitamente sair pra jantar ou almoçar fora, num lugar legal, sem que isso tenha segundas intenções.
- Claro. – ela corou, e falou rapidamente, movendo os lábios mais que o necessário – Claro, claro.
O que Patrick estava fazendo?
Descobrindo com muita facilidade de Lisbon realmente achava que ele estava tentando algo com ela. E a resposta era um sim muito claro.
- Nunca haverá nada entre você e eu. – ele disse, e observou ela engolir em seco – A menos que você queira, obviamente.
- O que? – ela pareceu não entender bem a última frase, porém havia sim entendido, não conseguia era acreditar.
- Nós poderíamos sair, qualquer dia.
- Como assim?
- Sair, não apenas como colegas de trabalho.
Ela franziu a testa, moveu a cabeça para os dois lados, sem tirar os olhos dele, e aquela expressão estupefata.
- Jane, o que você…
- Nada, Lisbon. – ele respondeu, num sorriso – Só estava pensando…
- Não. – ela disse, decidida, mas logo perdeu toda a pose, e seus ombros baixaram um pouco, como se arrependida do que disse, ou da forma como disse, sabe-se lá.
- Foi o que eu disse aos rapazes. Quer dançar?
Ele mudou de assunto tão rápido, e ela ainda estava tão preso ao anterior que demorou um tempo para responder.
- Claro… claro.
- Mas não aqui. – ele disse. – Não agora. Nós vamos sair e ir até a balada dos anos setenta.
- Vamos? – repetiu Lisbon, duvidando do tom autoritário com que ele profetizou aquilo.
- Por favor?
Ela levantou uma sobrancelha e o encarou duvidosa, mas enfim sorriu e aceitou.
- Eu não sei dançar esse tipo de música, é bom saber.
- Prefere dançar SpiceGirls?
Lisbon se calou, ficou vermelha e chocada pela frase. Como ele sabia sobre isso?
- Claro que não. – ela disse, sem muita confiança na voz.
Ele riu.
Depois do jantar os dois se dirigiram à tal balada anos 70. Estava realmente cheia de gente, alguns até vestidos a caráter. Bastante animada a festa, por sinal. Patrick já entrou sorrindo, aparentemente satisfeito com o que encontrara. Lisbon, por sua vez, demorou um tempo até se acostumar e se soltar.
Lisbon estava animada e sorria como nunca. Ao menos Patrick nunca a vira tão feliz.
E ela? Como ela via tudo isso?
Lisbon olhava Patrick com outros olhos. Era ótimo estar ao seu lado, fora da CBI, só pra variar.
O sorriso dele era simplesmente lindo. O cabelo bagunçado. Lisbon nunca tinha reparado em quão bonito Patrick era.
E quando foi perceber, estava completamente hipnotizada por ele. O que era engraçado de se pensar, já que ele sabia perfeitamente hipnotizar alguém no sentido literal da palavra. Mas agora não tinha nada relacionado a isso, era apenas ele e seu fantástico sorriso, sua risada, suas brincadeiras, sua dança planejada pra disfarçar os passos errados que ela dava.
A música que tocava se chamada “Lay all your Love on me”, e era do grupo ABBA, o mesmo que tocava a famosa Dancing Queen.
A letra da música veio a calhar. Quando Lisbon percebeu o que ela dizia, começou a ficar vermelha.
It was like shooting a sitting duck
A little small talk, a smile and baby I was stuck
I still don't know what you've done with me
A grown-up woman should never fall so easily
I feel a kind of fear
When I don't have you near
Unsatisfied, I skip my pride
I beg you dear
A little small talk, a smile and baby I was stuck
I still don't know what you've done with me
A grown-up woman should never fall so easily
I feel a kind of fear
When I don't have you near
Unsatisfied, I skip my pride
I beg you dear
Lisbon começou a tremer, e temeu que o fantástico mentalista percebesse alguma coisa. Em seus pensamentos, Lisbon gritava a si mesma “Não, eu não gosto dele, de forma alguma, eu não gosto do Jane!”. Mas de nada adiantava. E aquela letra lhe fazia ainda mais inconfortável.
- Eu vou até o banheiro. – ela avisou, e saiu de perto dele o mais rápido possível.
Entrou no toilet e lavou o rosto, tomando cuidado com a maquiagem. Olhou pra si própria no espelho. Ouviu a música, abafada pelas paredes do banheiro, acabar. Logo começou uma qualquer dos Bee Gees, e ela respirou fundo antes de sair.
Olhava ao redor, procurando por Patrick, distraída, quando alguém trombou com ela. Nem ia olhar quem fora, afinal, numa balada lotada como aquela, trombadas assim era o mais natural que acontecesse. Mas a pessoa, no caso, olhou.
- Teresa…? – o homem chamou, forçando a vista para reconhecê-la no escuro.
Lisbon olhou para ele, assustada por terem chamado seu nome, e o reconheceu de imediato.
- Richard? Richard, o que está fazendo aqui!?
Ele deu um largo sorriso, muito diferente dos sorrisos de Jane, e abriu os braços animado para abraçá-la. Ela não recusou, e eles se abraçaram calorosamente.
O homem era alto, moreno, com barba por fazer. Do tipo de desperta a atenção da maioria das mulheres.
- Vim passar a virada do ano, claro, o que mais? E você? Parou de trabalhar, finalmente?
- Ah, não, longa história.
- Algum assassinato do qual não estou sabendo? – riu ele.
Ela riu junto. Foi mais ou menos nessa hora que Patrick chegou.
- Ah, Richard, esse é o Jane. É aquele consultor que entrou na agência há um tempo, lembra-se?
- Ah, aquele que não dormia e fazia sapos mágicos de papel?
- Que bom que me conhece tão profundamente, senhor Richard. – disse Jane, num sorriso irônico – O que me intriga é que eu não te conheça nem de nome.
- Desculpe, muito prazer. – e apertou a mão do loiro fortemente – Meu nome é Richard Loire e sou um ex namorado da Teresa.
- Ex namorado. – repetiu Jane, virando os olhos até que se encontrassem com os dela.
- Foi há muito tempo. – ela acrescentou.
- Foi há um ano e meio, Teresa. – ele riu.
- Tanto faz. – disse Patrick – Que bom que se encontraram de novo. Certamente têm muito o que conversar. – e dizendo isso, se retirou.
Lisbon pareceu se preocupar e ia atrás dele, mas o tal Richard a parou.
- Ele tem razão, temos muito pra conversar, Teresa. – disse, numa voz aveludada.
Lisbon já não sabia o que sentir. A única coisa que sabia com certeza era de que não podia amar Patrick Jane.
Por que terminara com Richard mesmo?
Ah, sim. O trabalho ocupava a maior parte de seu tempo.
Na verdade nunca gostou muito dele, mas era um bom partido. Rico e bonito. Não que ela desse valor à essas coisas. No fundo, no fundo, Lisbon apenas queria dizer a todos que tinha sim uma vida, além do trabalho. E o resultado foi ter que admitir a si mesma que isso não é bem verdade.
- Senti sua falta, sabia? – ele disse, abraçando-a.
- Ouvi dizer que começou a namorar um mês depois.
- Eu queria te fazer ciúmes. Mas nunca funcionou. Você preferia correr atrás de um criminoso.
- Era…
- Seu trabalho… - ele interrompeu, completando – Eu sei, eu sei. Eu entendo, não se preocupe. Não vou disputar com isso. Vamos nos sentar e conversar?
- Claro…
Lisbon só voltou à sua cabine lá pelas três e meia da manhã, não muito bêbada, mas bastante alegre, acompanhada de Richard. Ele a deixou no quarto e saiu. Patrick, que estava sentado numa cadeira na outra esquina, por onde Lisbon não passara, a ouviu, acordou do cochilo e foi até a porta dela. Bateu, anunciou seu nome, e ela logo abriu.
- Jane? Ainda não foi dormir?
- Vim ver se você estava bem.
- São três e meia da manhã! – ela riu, devido ao álcool – E veio ver se estou bem?
- Lisbon, eu vou aproveitar que você não vai conseguir me dar uma bronca com o álcool que está no seu sangue agora, e vou pedir que não se encontre mais com o senhor Loire.
- Que? Richard? – ela riu – Por que?
- Porque ele é o tipo de cara que nunca vai te fazer feliz.
- E que tipo de cara vai me fazer feliz?
Não houve resposta.
- Foi o que eu pensei. – ela concluiu, fechando a porta.
analuizasavi- Curioso
- Data de inscrição : 07/02/2010
Mensagens : 18
Localização : Campinas, SP
Re: Red Ocean
Ahhhhh, que ódio....que ódio.
Péssima hora para o Richard aparecer, heheheh.
Tava indo bem, oh.....
Hahahaha, morri de rir com isso, imagina o desespero dela.
Mas Patrick com certeza soube que mexeu com ela, hahahah.
Patrick devia dar um belo soco no Richard e jogar ele no mar, hahahah.
Adorei o capítulo, esperando outro anciosa....
Parabens.
Esta fantástica
beijinhos
gi
Péssima hora para o Richard aparecer, heheheh.
Tava indo bem, oh.....
Lisbon começou a tremer, e temeu que o fantástico mentalista percebesse alguma coisa. Em seus pensamentos, Lisbon gritava a si mesma “Não, eu não gosto dele, de forma alguma, eu não gosto do Jane!”.
Hahahaha, morri de rir com isso, imagina o desespero dela.
Mas Patrick com certeza soube que mexeu com ela, hahahah.
Patrick devia dar um belo soco no Richard e jogar ele no mar, hahahah.
Adorei o capítulo, esperando outro anciosa....
Parabens.
Esta fantástica
beijinhos
gi
ladymarion- Mentalista Treinee
- Data de inscrição : 05/05/2009
Mensagens : 444
Re: Red Ocean
Oláaaaaaaaa
Vc vai continuar? Por favor......
To louquinha para ler o resto, hehehehe
beijinhos
gi
Vc vai continuar? Por favor......
To louquinha para ler o resto, hehehehe
beijinhos
gi
ladymarion- Mentalista Treinee
- Data de inscrição : 05/05/2009
Mensagens : 444
Re: Red Ocean
Eu não sei de quem é essa fic, mas achei ela em outro site completa, e como a pessoa q tava postando aqui esta demorando pra postar a continuação, eu vou disponibilizar o link pra fic completa... Não sei se isso é contra as regras, mas como eu disse não fui eu quem escrevi, eu só achei ela completa...
é esse aqui http://www.fanfiction.net/s/5724546/5/Red_Ocean
ali do lado da pra escolher qual capitulo vc quer ler..
é esse aqui http://www.fanfiction.net/s/5724546/5/Red_Ocean
ali do lado da pra escolher qual capitulo vc quer ler..
Re: Red Ocean
Vlw, tava com preguiça de atualizar de qualquer forma xD'...
Mas ainda falta um capítulo. Ela está "pseudo" completa. Ainda tem um finzinho só pra finalizar mesmo faltando.
o/
Mas ainda falta um capítulo. Ela está "pseudo" completa. Ainda tem um finzinho só pra finalizar mesmo faltando.
o/
analuizasavi- Curioso
- Data de inscrição : 07/02/2010
Mensagens : 18
Localização : Campinas, SP
Re: Red Ocean
Olá pessoal..........
Vivi - Eu li lá......obrigada por mandar o link, hehehhe.
Anna - a hora que der posta aqui tambem, o pessoal fica na curiosidade, hehehe.
Beijinhos para vcs
gi
Vivi - Eu li lá......obrigada por mandar o link, hehehhe.
Anna - a hora que der posta aqui tambem, o pessoal fica na curiosidade, hehehe.
Beijinhos para vcs
gi
ladymarion- Mentalista Treinee
- Data de inscrição : 05/05/2009
Mensagens : 444
Re: Red Ocean
Eu quero ler o resto posta por favor
teresa janes- Detetive Novato
- Data de inscrição : 23/07/2010
Mensagens : 284
Humor : fico bem humorada quando estou assistindo The Mentalist
Localização : Ibitinga
Re: Red Ocean
Oi, Teresa! Você vai encontrar a história completa no fanfiction.net. Na página anterior tem o link no comentário de Vivi_Ávila. Você vai adorar!
Edla- Aspirante a Detetive
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Mensagens : 70
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