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The Fire Breathes - Jello/Jisbon - ATUALIZADA - 07/02 - COMPLETA

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Mensagem por P.Schoeller Seg 26 Jul 2010, 10:53 pm

Buenas povo Very Happy
Já que eu só falta o epílogo da I Me You I'm Yours, eu vou postar essa outra fic aqui, e o primeiro cap dela, eu posto qnd tiver a fim, provavelmente, um ou dois dias depois de terminar a outra.
Vou usar o modelo da Kris de discrição de fics PSAPSOKPASAPKO :
(PS.: Eu n costumo a ler as regras de postagem :~ Vou dizer que li agora, por pura curiosidade. E agora que vi que esse quadrinho era obrigatório. KOPSAPKOSAPOK. ok, vou colocar lá na outra fic ele tbm PKOSAOPKSA)

The Fire Breathes - Jello/Jisbon - ATUALIZADA - 07/02 - COMPLETA Tfb

Categoria: Fanfiction
Nome: The Fire Breathes
Autora: Angel-death-dealer
Tradução e adaptação: Patty Schoeller
Shipper: Jane/Lisbon
Gênero: Sou terrível em definir gêneros. Quando terminar a fic, eu penso qual foi o gênero dela, ok? Rolling Eyes
Classificação: PG-13 (não tem nada muito forte não)
Capítulos: 8 + Epílogo
POV:3ª pessoa
Terminada:
Não
Beta: Não
Sinopse: Red John está de volta, e dessa vez, sua vítima é uma garota de 17 anos, mas quando Lisbon implora que Jane não o mate, ela acabara revelando um segredo que ela nunca pretendeu compartilhar. Será que Jane conseguirá descobrir, finalmente quem é Red John, e será que ele vai ter estômago para matá-lo?

Enjoy! Very Happy


Última edição por P.Schoeller em Seg 07 Fev 2011, 11:43 pm, editado 8 vez(es)
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Mensagem por KristyAnne Ter 27 Jul 2010, 12:07 am

Interessada já!!!! reading
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Mensagem por P.Schoeller Ter 03 Ago 2010, 3:19 pm

Well, como os caps da The Fire Breathes são muuuito grandes, e eu demoraria mais um ou dois dias pra postar o cap inteiro, vou postar as duas primeiras partes,d epois posto o resto:

Capítulo 1

A casa parecia de uma antiga vila romana, com paredes de terracota e pedra lavada levavam até a porta da frente. As palmeiras muito bem arrumadas para serem outra coisa senão importadas e posicionadas por um jardineiro profissional, ficavam imponentes entre as margaridas africanas e as tulipas vermelhas – todas muito bem adaptadas para o clima seco da Califórnia, onde secas eram tão comuns quanto acordar com uma ressaca na manhã de Domingo. O telhado vermelho brilhava ao sol, com as folhas do grande carvalho do vizinho sobre ele. Com uma árvore dessas próxima, seria mais que normal ter folhas pelo chão, mas a família deveria ter empregados para cuidar disso. Se eles tinham dinheiro para ter uma casa dessas, certamente tinham dinheiro para contratar alguém para o serviço.

Mas, por mais que tudo parecesse limpo e bonito, a confusão era imensa dentro e fora da casa. Lisbon respirou fundo. Ela sabia que aquilo iria chegar, mais cedo ou mais tarde. Ela já havia visto muitas cenas de crime que a deram vontade de vomitar e sair correndo, e voltar só depois de se recompor. Mas era parte do trabalho. Ela tinha uma longa carreira e contava com uma habilidade que adquiriu quando criança: superar o estômago fraco. Ela até hoje se sentia envergonhada por ter comprometido a primeira cena do crime na qual trabalhou, vomitando pelos cantos por causa do cheiro do cadáver. De qualquer forma, naquele momento, ela tinha tudo sob controle.

- O que temos aqui? – Ela perguntou a Cho, o primeiro que viu ao chegar à cena. Eles ficaram do lado de fora do quarto. Ela podia ouvir o flash das câmeras dos peritos forenses tirando fotos da cena.

- A vítima é Melissa Joliss. – Ele disse para ela, lendo nas suas anotações. – Dezessete anos, achada morta no seu quarto as sete da manhã pela sua mãe quando ela foi acordá-la para ir a escola.

- Sinais de entrada forçada? – Ela perguntou, preferindo não comentar sobre o quão nova era a vitima. Ainda no ensino médio. Com uma vida inteira pela frente. Esses pensamentos não a ajudavam a ser objetiva no caso.

- Nada. – Cho disse. – Sem sinais de entrada forçada ou de intrusos, mas definitivamente, alguém entrou aqui.

- Evidência? – Perguntou.

- Isto. – Ele disse simplesmente, dando um passo para trás e deixando a ver o quarto.

Pela porta aberta, Lisbon viu tudo o que precisava. A quantidade de sangue no quarto era doentio, dando mais voltas em seu estomago que o necessário. Na verdade, era a forma como o sangue estava que fazia a bile subir sua garganta, e ela o engoliu com uma careta, não se preocupando em esconder seu desconforto. O sangue cobria o quarto, a cama, o carpete, a garota... e a parede. Mas não era qualquer respingo de sangue, qualquer respingo de tiro. A marca era feita com a mão, cuidadosamente desenhada como se fosse a maior obra de um artista.

O rosto vermelho na parede era a marca de tudo o que ela mais temia.

- Oh, Deus.

- x –

Mark e Amanda Joliss estavam ainda negando que sua filha havia morrido. Jane entendia, eles viam isso várias vezes já. A morte é um dos aspectos da realidade que ninguém enfrenta sem uma máscara de medo, como Ernest Becker escreveu. Nesse caso, os pais de Melissa estavam mascarando-a com a idéia de que achá-la ensangüentada no quarto com a marca de Red John na parede era uma forma natural de morte. Ainda, o desespero nos olhos dele por acreditar que a filha não fora vítima de um serial killer brutal, dizia que eles sabiam a verdade. Entretanto, isso não queria dizer que eles iriam aceitar essa verdade tão sedo.

- Você está dizendo que alguém entrou na nossa casa para matá-la? – Amanda, a mãe de Melissa, disse numa voz abalada.

- Sra. Joliss, nós estamos simplesmente cobrindo todas as possibilidades. – Lisbon a explicou calmamente.

- Mas, se ninguém entrou na casa e fez isso, quer dizer que alguém de dentro da casa fez. – Jane contribuiu.

- Jane... – Lisbon o repreendeu.

- Você está nos acusando de matar nossa própria filha? – Mark perguntou agressivamente a Jane.

- Claro que não Senhor. – Lisbon interrompeu.

- Tem mais alguém vivendo aqui? – Perguntou Rigsby, antes que Lisbon pulasse em cima de Jane. – Alguma outra criança, ou parentes?

- Não. – Amanda balançou a cabeça. – Somos só nós três. Melissa é nossa única filha.

- Quem mais tem a chave da entrada? – Ele continuou.

- Só nos três. – Mark disse.

- Melissa teve algum convidado ontem? – Lisbon perguntou.

- Não. – Amanda sussurrou. – O que isso tem a ver...

- Não havia sinais de arrombamento em nenhum lugar da casa, então nada indicaria um intruso. – Jane disse. – Quem fez isso sabia como era a casa, sabia os lugares de mais fácil entrada. Isso, ou alguém o deixou entrar.

- Ninguém nos visitou noite passada. – Mark insistiu. – Ninguém nem veio até a porta.

- Então é simples. - Jane decidiu. – Claramente, Melissa conhecia bem seu assassino e o deixou entrar.

- Mas ela estava estudando a noite inteira. – Amanda tentou arranjar uma desculpa.

- Onde ela estava estudando? – Perguntou Lisbon.

- No seu quarto, como sempre.

- Quando foi a ultima vez que vocês a viram?

- Depois do jantar... Talvez... Umas seis e meia? – Amanda fazia as contas. – Ela disse que tinha um trabalho para entregar no fim da semana e queria terminar o mais rápido possível para comparar com o de sua amiga.

- Qual o nome da amiga? – Lisbon perguntou, fazendo anotações.

- Sarah Walcott. – Amanda respondeu rápido. – Elas são amigas desde o jardim de infância. Ele mora no fim da rua.

- Nós precisaremos falar com ela. Vocês têm mais algumas informações que nos ajudariam no contato?

Amanda assentiu.

- Claro. Vou pegá-los. – Ela subiu as escadas e deixou a sala. E quando ela estava fora da vista de todos, Mark perguntou, limpando a garganta.

- O rosto na parede... – Ele começou. – É do serial killer certo? Como é mesmo o nome...

- Red John. – Jane respondeu, balançando a cabeça afirmativamente.

- É uma possibilidade – Lisbon disse. – Tem várias assinaturas pessoais que Red John usa, e nós achamos evidencias da maioria deles no quarto da sua filha. Então é provável a participação dele.

- E ele... Ele matou muitas garotas, certo? Muitas pessoas perderam suas filhas pra ele...

- Muitas. – Jane disse baixinho. – Não é justo.

Mark fez uma carranca, a raiva subindo pelo seu corpo.

- Você não sabe-

- Sim, eu sei. – Jane disse calmamente.

A sua raiva se tornou confusão.

- Você perdeu uma?

- Duas. – Jane corrigiu. – Minha esposa e minha filha. Ele tirou ambas de mim seis anos atrás.

Foi o tom casual na voz de Jane que fez Lisbon ficar atenta. Ela estava acostumada com o arrependimento, a dor, o sofrimento interminável... Ela não estava acostumada com eles sendo tão frio em relação a elas. Ele nunca havia falado tão causalmente delas.

- Então você é a melhor pessoa para pegá-lo. – Mark disse. – Porque minha pequena foi tirada de mim noite passada e eu já quero matar aquele filho da puta. Adicione seis anos a isso e você tem uma máquina de vingança com o coração de pedra.

E isso era exatamente o que Lisbon mais temia.

- Sr. Joliss-

- Você vai fazê-lo pagar, você me ouviu? – Mark continuou para Jane, ignorando completamente Lisbon. – Você vai fazê-lo pagar pelo que vez a minha menina.

- Ele vai ter o que merece, Sr. Joliss. – Jane prometeu.

- x –


Última edição por P.Schoeller em Ter 03 Ago 2010, 10:06 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Eli Ter 03 Ago 2010, 10:04 pm

Hum, tou gostando........
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Mensagem por Serena Qui 05 Ago 2010, 6:32 pm

Pareçe Ser interessante.
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Mensagem por P.Schoeller Qui 05 Ago 2010, 9:20 pm

Que bom que tão gostando girls!

Aqui ta a outra metade do cap:

Com a tensão ainda correndo entre Lisbon e Jane depois deles deixarem a casa, Van Pelt e Rigsby resolveram voltar para a CBI no carro que Cho havia vindo, deixando sua chefe e o consultor para brigar no carro deles. Jane instantaneamente sentou no banco do passageiro, então eles sabiam que sentar no banco de trás enquanto os dois discutiam na frente só faria parecer que eram duas crianças enquanto seus pais brigavam. Preferiram o outro carro.

- “Ele vai ter o que merece”? - Lisbon repetiu o que Jane havia dito, brava. – Você não pode dizer isso para o pai da vítima!

- Era o que ele precisava ouvir. – Jane suspirou, calmamente.

- Não, o que ele precisava ouvir é que o assassino de sua filha vai sofrer pelo resto de seus dias na prisão. – Lisbon corrigiu-o.

- E o que isso dá a eles? – Jane perguntou. – Como isso vai supostamente deixá-los dormir a noite, sabendo que sua filha foi assassinada no quarto, e que o assassino tem uma cama para dormir, três refeições por dia...

- Jane, Red John vai ir a julgamento e vai morrer. – Ela disse abruptamente. – Ele vai pegar pena de morte. Pena de morte é legal na Califórnia para homicídios de primeiro grau com certas circunstâncias.

- A não ser que ele seja considerado louco. – Jane apontou.

- Ele não vai. Seus ataques são cuidadosamente arquitetados...

- Legalmente o julgamento vai demorar muito tempo, - Jane reclamou – e ele vai ter tempo para escapar. Vai matar novamente, e na próxima vez...

- Não haverá uma próxima vez. – Lisbon insistiu. – Nós vamos pegá-lo. Ele vai responder por inúmeras acusações.

- Talvez, gás tóxico e injeção letal são muito pouco para o homem que massacrou minha esposa e minha filha. – Ele atirou de volta para ela, sua voz se elevando pela primeira vez na conversa.

- Você não pode reclamar sobre isso. – Ela falou pausadamente, como se falasse para uma criança.

- Posso sim, se sou o único. – Ele disse.

Eles ficaram em silêncio por alguns momentos. Ela preferiu não repreende-lo pelo fato de que ele poderia ser morto pelo Red John. Eles ficaram desse jeito até estacionar do lado de fora da CBI. Ela se virou no banco para encará-lo.

- O que você ganha com isso? – Ela perguntou.

- Como é?

- Se você matar Red John, como isso faria as coisas melhores para você? - Ela perguntou.

- Ele precisa sofrer como elas sofreram. – Ele disse, e ela pode ver a determinação correndo nos olhos dele.

- Como elas sofreram ou como você sofreu e sofre? – Ela o desafiou. Jane ficou em silêncio. – Jane, vingar a morte delas não vai mudar nada.

- Você não sabe. – Ele balançou a cabeça.

- Sim, eu sei. – Ela insistiu. – Você pensa que isso vai te ajudar, que isso vai fazer a dor passar, pensa que até vai ajudar a elas, mas não vai. Isso só substitui a culpa.

Sua testa se enrugou com a curiosidade.

- Lisbon...

- O que quer que você esteja procurando Jane, a morte do Red John não vai te dar isso.

Ele a olhou profundamente nos olhos.

- Você parece conhecer bastante sobre vingança. – Ele notou.

Mas ela não o ofereceu mais nenhuma palavra. Ela só saiu do carro e entrou no prédio.

- x –

Enquanto Jane esperava pelo elevador, Lisbon já estava a caminho de sua sala com seu café. As palavras dela sobre vingança, pelo quão informada ela estava, ou pelo quão pouco ela mostrou que ele iria obter na vingança, o deixaram curioso. Havia muitas coisas sobre ela que o deixavam fazendo perguntas sem obter respostas, talvez tenha sido isso que o atraiu tanto, que o tenha feito se envolver tanto. Ela claramente tinha uma mensagem para ele, mas eles haviam acabado de abrir mais um caso de Red John, e isso estava enchendo a cabeça dele.

Então ele tomou sua decisão e seguiu em direção ao escritório dela. Ele parou-a do lado de fora da porta.

- Lisbon.

- O que é Jane? – Ela vociferou.

- Eu preciso falar com você.

Ela parou na porta, se virando para olhar para ele, que foi quando ele notou o arquivo nas mãos dela. O arquivo do caso Red John.

- Você fez algo errado nos cinco minutos que estive na cozinha? - Ela perguntou, entediada.

- Não, mas ainda assim é importante.

- Jane, eu tenho um caso para resolver.

- Nós temos um caso para resolver. – Ele corrigiu. – Mas não é sobre o caso.

- Então vai ter que esperar. – Ela disse. – Nós temos uma adolescente morta que está nos levando a outro sociopata copiador ou o próprio Red John. De qualquer jeito, nós temos alguns longos dias pela frente. Eu tenho ligações a fazer, visitas a fazer, pessoas a interrogar...

-Lisbon! – Ele a interrompeu.

- Jane, eu estou ocupada. – Ela vociferou, novamente.

- Cinco minutos, é tudo que te peço.

Ela olhou para o seu escritório, e se rendeu.

- Dois minutos e meio. Fale rápido.

Ele aceitou isso como se fosse o melhor que conseguiria dela.

- Você disse que vingar a morte delas não ia me trazer nada... – Ele começou a dizer.

- Você vai gastar seus dois minutos e meio repetindo o que eu já disse? - Ela reclamou.

- Como você sabe que não vai?

- Jane eu não tenho tempo pra...

- As ligações podem esperar uns minutos.

- Não Jane, elas não podem! – Ela disse, exasperada. – Não neste caso. Se realmente é o Red John, precisamos achá-lo antes que ele mate outra pessoa inocente. Não podemos nos dar ao luxo de perder tempo. Quando que você parou de se importar com pegá-lo?

- Eu não parei, e você sabe. – Ele disse. – Eu só quero ter uma conversa com você.

- Bem, nós não temos tempo para uma agora.

- Eu só queria que você soubesse...

- Jane, eu disse aquilo antes, pois eu já estive nesse lugar ok? Eu estive. Eu estive no seu lugar, mas agi como uma adulta. Agora, vai embora.

Aconteceu tão rápido, que quando ele se deu conta do que ela havia dito, a porta já havia fechado na sua cara. Ele franziu as sobrancelhas para as cortinas fechadas, tendo certeza de que se elas não estivessem ali ele a veria fazendo suas ligações, respirando fundo antes, para se acalmar. Ela esteve onde ele está Mas o que ela quis dizer com isso? Ele esteve em vários lugares, lugares bons, lugares ruins. Mais lugares ruins. De qualquer maneira, ele nunca tinha lido nada disso nela. Ele sabia que ela havia perdido sua mãe, sofrido abuso de seu pai, criado seus irmãos, sacrificado sua infância... Mas ele nunca esteve em nenhum destes lugares. Qual lugar ela havia estado que se relacionava com sua rixa com Red John?

- O que você fez dessa vez? – Rigsby perguntou, assim que ele voltou para seu sofá.

Jane ainda estava um pouco surpreso.

- Eu acho que foi algo que outra pessoa fez...
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Mensagem por Priscila. Qui 05 Ago 2010, 9:44 pm

confesso que quando estou lendo imagino as cenas kkkkkk
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Mensagem por Eli Qui 05 Ago 2010, 10:33 pm

Eu simplesmente AMO esses dois..até quando brigam,é um briga shipper The Fire Breathes - Jello/Jisbon - ATUALIZADA - 07/02 - COMPLETA 714918
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Mensagem por P.Schoeller Seg 09 Ago 2010, 11:03 pm

Hey people!
Girls, bom que gostaram do iniciozinho xD
Agora começa a engatar mesmo a história! Desculpa a demora xD

CAPÍTULO 2

O apartamento de Lisbon era pequeno e aconchegante. Só tinha espaço suficiente para uma pessoa. Havia um quarto e um banheiro, tudo o que era preciso para a única pessoa que ocupava o espaço. Havia uma cantoneira dentro do box que segurava o shampoo, o condicionador e o sabonete – todos da mesma marca, que ela comprava toda a semana, amando a familiaridade que aquilo tinha, sem paciência e animo para experimentar uma nova marca que poderia não ser tão boa. Havia uma prateleira na cozinha que tinha vários potes da sua marca de café preferida, para preparar quando estava em casa, preferindo ter um estoque gigante e desnecessário do que ser pega desprevenida em uma manhã de desespero. Essa era Lisbon – sempre preparada – exceto no caso das roupas pra lavar. As roupas comportadas que ela usava para ir trabalhar, eram sempre lavadas, dobradas e guardadas no seu closet, enquanto suas roupas casuais eram atiradas em vários lugares – sujas na cozinha, em cima da máquina de lavar, vagamente limpas atrás do sofá, e completamente limpas no cabideiro. Este era o único aspecto no qual ela era bagunceira. Tirando isso, sua casa estava limpa. A não ser pela xícara de café do dia anterior que ficou em cima da pia, pois foi chamada e não teve tempo de terminá-la.

Jane sabia tudo isso só de ter estado no apartamento dela uma vez.

Agora, ele observava do lado de fora da porta. Ele bateu antes de ter a menor idéia do que iria dizer. Ele sabia a idéia geral do que queria falar com ela, mas não sabia como colocar isso em palavras. Ele tinha uma idéia, mas precisava testá-la, ver a reação dela a sua teoria, para saber se estava certo. Ela era, de longe, a pessoa mais difícil de ler que conhecia, o que era completamente ao contrário de alguém como Van Pelt, por exemplo, que era inacreditavelmente fácil de ler.

Quando ela abriu a porta, ela estava definitivamente chateada – uma combinação da exaustão que ela se recusava a sentir pelo dia todo e o fato de que Hightower havia os mandado para casa para descansar. Enquanto isso era ainda um suspeito caso do Red John, eles ainda estavam liberados para descansar.

- O que você está fazendo? – Ela perguntou, miserável, a partir do momento que o viu.

- Olá pra você também. – Ele disse, suavemente, não dando bola para a recepção dela.

- Jane, nós fomos mandados para casa para dormir. – Ela disse. – Eu estava indo fazer isso agora mesmo.

- Eu não. – Ele suspirou. – Eu vou ficar no escritório esperando por alguma ligação.

- Então o que você está fazendo aqui? – Ela perguntou, exasperada.

- Você estava tentando me dizer algo mais cedo. – Ele a lembrou.

- Não, você estava tentando me distrair do caso mais cedo.

- Teresa, por favor.

O uso do seu primeiro nome a surpreendeu, ele podia dizer, e com isso, ela pareceu até mais cansada do que estava antes.

- O que você quer que eu diga, Jane? – Ela perguntou a ele.

- Posso entrar? – Ele perguntou. – Por mais que dois minutos e meio?

Ela suspirou, dando um passo para trás e permitindo que ele entrasse no seu apartamento. Quando ela fechou a porta atrás dele, ele ficou satisfeito de encontrar os mesmos aspectos familiares de que ele recordava – os quadros de fotos pendurados na parede que ele tentou não prestar atenção da ultima vez que esteve ali ainda estavam lá, e pensou em olhar com mais cuidado desta vez. A roupa suja estava dispersa pela sala, as roupas de trabalho jogadas no chão da cozinha, ele podia ver pela porta aberta.

- Eu vou poder ir dormir hoje à noite? – Ela perguntou, passando a mão nos cabelos.

- Você não iria de qualquer maneira, ou você já estaria na cama. – Ele disse, olhando para as fotografias.

- Como você sabe que eu não estava?

Ele olhou para ela, reparando nas roupas de dormir que ela vestia. Eles não eram adequados para o calor que a noite iria trazer – calça de moletom e uma camisa esporte bem grande. Ela era sempre a primeira a tirar sua jaqueta quando o calor da Califórnia chegava até ela, então ele pensou que ela era o tipo de pessoa que se despia durante a noite – primeiro as calças, depois a blusa, e ainda assim, tirava as cobertas da cama. Aquilo, e o cabelo dela. se ela tivesse se movido a ponto de tirar suas roupas por causa do calor, seu cabelo estaria todo bagunçado, mas não estava.

- Eu só sei. – Ele encolheu os ombros.

Ela suspirou.

- Só pergunte o que você veio aqui para perguntar pra que eu possa dormir um pouco.

- Você já esteve onde eu estou. Onde eu estava.

- Eu estive.

- Você perdeu alguém. – Ele sugeriu, assistindo as reações dela. Ela respondeu evitando os olhos dele e sentando-se na ponta do sofá. Ele permaneceu de pé. – Não, ele foi tirado de você. – Ele se corrigiu.

- Sim. – Ela sussurrou.

- Quem?

- Não importa quem. – Ela deu de ombros. – O que importa é que eu sei que vingança não é a melhor opção. Machuca você ter que deixar esse poder na mão da lei, mas algumas vezes, eles podem punir as pessoas melhor do que a sua própria mão faria.

Ele ficou em silêncio enquanto continuava a lê-la, percebendo não só a expressão calma dela, mas também a distância na voz dela.

- Você não quer me contar por que você acha que eu vou descobrir demais sobre você.

- E isso está errado? – Ela perguntou a ele.

- Nesse caso, sim. – Ele assentiu. – Veja, você perdeu alguém. Tem uma fotografia num quadro azul na parede perto da entrada de você com um menininho. Então eu diria que você perdeu um irmão mais novo, já que você não teria fotos com as crianças do vizinho. Seu irmão mais novo foi tirado de você e você sabe quem fez isso.

Havia lágrimas nos olhos dela, lágrimas que a fizeram abaixar a cabeça e evitar os olhos dele.

- Eu não quero falar sobre isso. – Ela sussurrou, como uma criança confrontada sobre um grande problema.

- Nós vamos falar. – Ele decidiu. – Você não pode jogar tudo isso em mim e esperar que eu me contente com metade da história. Você me conhece melhor.

- Conheço? – Ela o desafiou.

Ele ficou diante dela, olhando para sua cabeça. Ele estava tão perto, que quando ele falou novamente, não precisou elevar muito sua voz para ela ouvi-lo.

- Eu entrei em casa, na minha própria casa, subi para o quarto de minha filha e vi minha esposa e minha filha mutiladas em sua cama. Minha esposa. Minha filha. Você não esteve nesse lugar. Red John entrou em minha casa, ele machucou elas, torturou elas, matou elas, e então ele pintou sua marca na parede do quarto da minha filha com o sangue delas. O quarto todo fedia a sangue, corpos que estavam ali por horas porque eu estava muito ocupado dizendo ao mundo o tipo de monstro que Red John era ao invés de ficar em casa com a minha família. Se eu não tivesse ido fazer aquilo, eu poderia ter ido pra casa, dado um beijo de boa noite na minha menininha, e falado para minha esposa que eu a amava, mas eu não posso mais fazer isso. Eu nunca mais vou celebrar meu aniversário de casamento com minha esposa, nunca mais vou decorar a arvore de natal com minha filha, eu nunca vou ver ela virar uma linda mulher que nem sua mãe. Eu perdi tudo aquilo Lisbon, porque Red John tirou de mim. É por aquilo que eu quero vingança. É por isso que quando eu estiver perto o suficiente dele, eu vou matá-lo, e sim, isso vai mudar tudo para mim.

Lisbon respirou fundo, tremendo.

- Jane...

Mas ele a cortou, continuando seu assombroso e frio discurso.

- Minha filha de cinco anos de idade foi massacrada em sua própria cama. Cinco. Ela tinha cinco anos. Sua maior preocupação era se quando crescesse seria uma princesa ou uma fada, e aquele filho da puta entrou no quarto dela e a matou só porque eu ela era minha. E você não esteve nesse lugar, e jamais vai entender essa dor.

- Jane – Ela sussurrou. Ele olhou para ela, finalmente vendo o quão sofrida e forte parecia a lagrima que estava no rosto dela. – Olhe aquela foto de novo. – Ela disse.

- Lisbon?

- Olhe de novo. – Ela disse. – Olhe mais perto.

Ele voltou até a foto, pegando-a em suas mãos e voltando para onde Lisbon estava sentada. Olhando de perto, ele conseguia ver que o bebê não era muito mais velho que um recém nascido, recentemente pego no hospital. Era um menino, você podia dizer de olhar para ele. Ele tinha grandes e brilhantes olhos verdes, que olhavam para a câmera. Ele estava enrolado num cobertor azul, a primeira dica de que ele era um garoto. Ele não tinha carranca, e nem rugas de recém nascido. Ele era um bebê perfeito. Ele observou o jeito do nariz, o formato dos lábios, os contornos do rosto. Mas os olhos, eles captavam. Eles eram lindos, e familiares. Eram os olhos de Lisbon.

- Ele não era seu irmão, era? – Ele perguntou.

- Ele é meu filho.
- x -
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Mensagem por Eli Ter 10 Ago 2010, 12:06 am

Não preciso dizer que estou em choque The Fire Breathes - Jello/Jisbon - ATUALIZADA - 07/02 - COMPLETA 730943
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Mensagem por Serena Ter 10 Ago 2010, 7:07 pm

omg, nao acredito que isso foi acontecer... :O
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Mensagem por P.Schoeller Qua 11 Ago 2010, 8:27 pm

Aaaah meninas, que bom que gostaram *--*

Aqui vai a outra metade do cap:

- Ele é meu filho. – Ela assentiu. – Era. – Corrigiu-se. – Ele era meu filho.

- Oh, Teresa... – Ele sussurrou, sem tirar os olhos da foto.

- Você acha que é pior entrar no quarto e ver o que você viu, ou entrar e não ver simplesmente nada?

- Quando eu disse que ele foi tirado de você...

- Sim, ele foi tirado. – Ela assentiu novamente. – Literalmente.

- E você sabe quem fez isso. – Ele entendeu.

- Aham, o pai do Ben na verdade. – Ela tocou vagarosamente a moldura. – Ben... Esse era o nome dele.

- O pai dele o pegou? – Jane perguntou, espantado.

Ela assentiu e suspirou.

- Isso fica entre nós? – Ela checou, num momento de pânico.

Ele assentiu em resposta, olhando-a, para que ela pudesse ver a garantia nos olhos dele.

- Claro.

- Eu estava tão cansada... – Ela começou. – Bem tinha tido um resfriado por semanas, sempre tossindo e chorando... E então isso simplesmente parou, e eu me dei conta do quão cansada eu estava. Eu o coloquei no berço para tirar um cochilo no meio do dia, um pouco mais cedo que o normal. Eu dormi por uma hora, e fui checar Ben... E não havia nada. Absolutamente nada. Ele havia... sumido. E meu coração parou.

- É. – Ele concordou, lembrando da sensação. – Ele para.

- O pai do Ben, Mark... Ele nunca esteve por perto desde que Ben nasceu. Nós éramos ambos jovens. Eu tinha dezenove anos e ele vinte e um. Foi um erro, nós nunca esperamos que eu ficasse grávida, mas aconteceu, e eu gosto de pensar que eu fiz uma escolha madura ao ficar com ele. Eu amava meu filho, e eu o ajudei em todas as maneiras que eu podia. Entretanto, depois que Ben nasceu, Mark disse que não queria ser um pai para aquela criança, como ele disse que faria, então eu fiz tudo sozinha, e ele começou a beber. Então, quando Ben começou a caminhar, ele vivia derrubando coisas, ou esbarrando nelas. E um dia, ele derrubou a cerveja de Mark, e ele gritou com a pobre criança. E eu me lembrei do que meu pai fazia comigo e com meus irmãos, e eu jurei que eu não daria essa vida para o meu filho. Então, eu pedi para ele ir embora, e desde aquele dia, nunca mais entramos em contato com ele.

- Então, por que ele pegou Ben? – Jane perguntou.

- Alguns dias antes de Ben desaparecer, Mark apareceu dizendo que precisava de um lugar para ficar. Ele estava com problemas com a polícia, então eu disse que não, mas ele ficou do lado de fora a noite toda até que eles o pegaram. E então, Ben foi raptado, e quando eu dei queixa, eles me disseram que Mark havia escapado aquela manhã. Eu sabia que era ele. Eu só... sabia. Ele queria me machucar por ter escolhido ao meu bebê e não a ele, e Ben era a única maneira dele me machucar. A mais dolorosa.

Ela abaixou a cabeça novamente, quando lágrimas novas começaram à a ameaçar, e Jane tirou uma mão da fotografia para pegar a mão dela. Ela não largou a mão dele. Pelo contrario, a segurou forte.

- Todos os meus irmãos passaram as noites inteiras procurando por Mark, algum sinal de Ben... Eu nunca dormia, em caso de ligarem com informações. A polícia me mandou ficar em casa, que esta era a melhor coisa que eu podia fazer. Três dias depois, eles me ligaram, pedindo que eu fosse até a delegacia, e sugeriram que eu levasse alguém comigo. Eu levei Jack, meu irmão mais velho. Ele tinha dezenove anos na época, dois anos a menos que eu, mas era tudo o que eu tinha. Jack e eu fomos a delegacia e eles me contaram que eles tinham Mark sob custódia novamente. Eu perguntei onde Ben estava, e eles não disseram nada por um longo tempo. E eu continuei perguntando a eles, mas no meu interior, eu sabia... Então eles me disseram que sentiam muito e eu desmoronei. Eu sabia que meu menininho não viria mais para casa.

Jane respirou, abalando, sentindo náuseas.

- Ele matou seu próprio filho?

- Mark ferrou com tudo. – Ela disse. – Mas meu Ben era um doce, lindo garotinho. Ele tinha dois anos e oito meses. Dois. E Mark... O que ele fez para o meu filho era... insuportável.

Ela começou a ficar mais chateada e magoada, e ele apertou mais sua mão.

- Teresa, você não precisa...

- Eles acharam coisas no apartamento dele. – Ela balançou a cabeça, sua voz se tornando mais alta e vulnerável. – Coisas terríveis. Fotos dele, fazendo coisas terríveis com crianças. Ele tinha fotos de menininhos sendo abusados... – Ela começou a soluçar nessa hora. – E meu Ben era um deles.

- Oh, Teresa...

Sem ligar, ele a puxou do sofá para seus braços. A foto ficou presa entro o peito deles quando se abraçaram, ela se segurando nele, e chorando, pelo que parecia ser a primeira vez em anos pelo seu menino. Ele estava impressionado com tudo que ela havia compartilhado com ele. Essa era a última coisa que ele esperava, até mesmo com as dicas dela. Não demorou muito até ambos estarem chorando por suas crianças perdidas. Por um menininho que havia sido abusado e assassinado pelo seu próprio pai, antes que fosse velho o suficiente pra saber as coisas horrorosas que aconteceram com ele, e pela garotinha que foi morta por que seu pai irritou o homem errado. Ambos vitimas de assassinatos nojentos, nenhum deles merecendo esse destino.

- Ele chorou por mim. – Ela lamentou. – Ele continuava a gritar e chorar por mim. Foi por isso que Mark o matou.

- Ele é doente. – Jane disse, surpreso.

Ela enterrou seu rosto no ombro dele.

- Sabe, eu poderia ter sido jovem, e talvez eu fosse ingênua e idiota com a coisa toda, mas eu era a mãe dele. Eu era a mãe dele e não consegui protegê-lo do próprio pai. Eu estava tão cansada que dormi profundamente a ponto de não ver que meu filho estava sendo tirado do próprio quarto. E levou muito tempo para eu parar de me culpar e começar a culpa ele.

- Você quis vingança. – Jane se deu conta, vagarosamente.

- Ele abusou e matou meu filho de dois anos de idade. Ele bateu e chacoalhou Ben tanto quando ele chorava por mim que isso deixou o cérebro dele morto, e ele deixou o corpo numa vala e então Le morreu sozinho quando seu corpo se esqueceu como respirar. Ele tinha dois anos. E ele foi confessar o que fez para o meu filho quando ele estava lá, morrendo em uma vala, sozinho. E eu quis matá-lo. E cheguei tão perto dele que eu podia ter estrangulado ele até tirar a vida de seu corpo... Mas eu parei.

- O que fez você parar? - Jane perguntou.

Lisbon balançou a cabeça nos braços dele, se afastando para olhá-lo. Ela percebeu que contar a Jane sobre seu filho era a única maneira de fazê-lo parar e não matar Red John, e comprometer sua própria liberdade. Ele tinha que entender por que.

- A pessoa que estava estrangulando Mark não era a mesma que era a mãe de Ben. Eu gostava de quem eu era quando tinha Ben comigo. Ele me fazia feliz, mesmo que estivesse muito cansada de fazer aquilo tudo sozinha. Ele sorria, e ria, e dizia “Eu te amo, mamãe” quando me abraçava. Ele gostava de dinossauros e cantava junto com as músicas, e ele odiava tomar banho, mesmo que adorasse brincar com bolhas. Eu achei que era a mãe em mim que tentava se vingar do sofrimento do meu filho, mas não era. Eu não podia comparar esse lado meu cheio de ódio com o que eu era quando estava com Ben. E eu parei, e corri, e eu deixei o Estado executá-lo três meses depois. Eu fiquei ao lado das outras quatro mães das quais os filhos estavam naquelas fotos, e eu assisti ele receber a injeção letal.

- E... E isso foi suficiente? – Perguntou.

Ela assentiu.

- Eu sempre insisti que era por causa de Ben, que eu sempre fazia o que era certo. Mesmo que ele não entendesse, eu iria contar a ele que mandei seu pai ir embora porque era o melhor a fazer. E... e a justiça legal era a coisa certa a fazer. Como eu poderia possivelmente machucá-lo o mesmo tanto que ele machucou meu filho? E as outras mães mereciam justiça pelos seus filhos também. Se eu tirasse uma vida com as minhas próprias mãos, eu seria tão má quanto Mark. Eu tinha o privado de oxigênio como ele havia feito com Ben, e então, eu estava sendo tão má quanto ele. Como eu poderia lidar com pensar no meu filho, sabendo que eu desci ao mesmo nível que o homem que o matou? Então eu pensei... se Ben tivesse vindo até mim um pouco mais velho e dito que alguém o machucou e que ele queria machucá-lo também, eu teria dito para ele ir a policia, para deixar a lei cuidar disso... então eu tinha de ser assim também.

Jane suspirou, balançando a cabeça.

- Eu nunca me dei conta...

- Ninguém nunca se deu. – Ela disse triste.

- Teresa, quem mais sabe disso? – Ele perguntou.

Ela deu de ombros.

- Meus irmãos, e então, eles contaram para suas esposas com o passar dos anos.

- Você nunca contou isto a ninguém. – Ele disse, desacreditado.

- Não. – Ela disse simplesmente.

- Nem Bosco?

Ela balançou a cabeça.

- Ele era um grande mentor, mas ele teria pensado que estava trabalhando pelas razões erradas, me tirado de alguns casos...

- Como você faz comigo? – Ele apontou.

Ela deu de ombros novamente.

- É tudo sobre proteção, eu não pude proteger Ben, então...

- Então você quer me proteger, para que eu não vá tão longe quanto você quase foi. – Ele se deu conta.

Ela assentiu, limpando as lágrimas que estavam embaixo de seus olhos.

- Sim.

Jane olhou para a foto de novo.

- Minha Claire... ela teria amado Ben.

- Claire era sua filha? – Ela perguntou.

Ele assentiu.

- Sim. Ela adorava quem era menor que ela. Principalmente menininhos. O filho do vizinho, um ano mais novo que ela, os dois estavam brincando, e ela tentou colocar purpurina nas bochechas dele para que ele virasse uma borboleta. Ela... Ela tinha esse instinto maternal, mesmo com só cinco anos de idade. Provavelmente, acabaria tendo dez filhos, sempre correndo para as amigas da minha mulher que tinham bebezinhos, perguntando se podia brincar com eles. Ela... Ela teria feito onze anos semana passada.

- Ben teria treze em Junho. – Ela sussurrou.

- Quem sabe, - ele brincou, - talvez, em outra vida, eles fossem amigos, se casassem, poderíamos ter sido sogros juntos, ter visto nossos netos juntos...

Lisbon respirou fundo.

- Talvez, em outra vida, eles sejam amigos. – Sugeriu. – Eu acredito que existe um Céu, e eu sei que minha mãe está lá com ele, mas eu gostaria de pensar que Ben tem alguém para correr com ele, para brincar, alguém para ser seu amigo.

- Eu espero que eles estejam juntos. – Jane concordou. – Cuidando um do outro. Eu tenho certeza... Se minha Violet o visse, onde quer que eles estejam, ela iria cuidar dele também.

Ambos ficaram quietos por um momento, e ela o surpreendeu quando voltou para seus braços. Demorou um momento, mas logo ele colocou seus braços em volta dela novamente.

- Me prometo que você não vai fazer isso. – Ela pediu a ele.

- Teresa...

- Não, eu preciso que você me prometa. – Ela disse, com firmeza. – Eu não contei toda a minha história pela graça que ela tem.

- Eu preciso que elas sejam vingadas...

- E eu vou fazer com que ele pegue a sentença de morte, se você me prometer que ele não vai morrer pela sua mão. – Ela jurou. Jane ficou quieto, e ela levantou a cabeça para olhá-lo. – Jane, você tem que prometer. – Ainda, ele estava em silêncio. – Patrick, por favor.

Com aquilo, ele voltou a vida, olhando para baixo para encontrar os olhos dela enquanto murmurava as duas palavras que achou que nunca iria dizer.

- Eu prometo.

- Você promete.

- Eu prometo. – Ele repetiu.

Eles ficaram ali por alguns minutos, com muito medo de ir em frente, muito perto para recuar. Eles estavam definitivamente muito perto um do outro. A minúscula distância entre eles não era segura, e só podia terminar num desastre. Foi Lisbon quem se mexeu primeiro, quebrando essa nova conexão na qual eles se encontravam, colocando de volta a foto na parede.

- Eu deveria ir. – Jane se mexeu. – Você devia tentar dormir um pouco.

Ela estava quieta, mas o parou quando ele chegou a porta.

- Espere. – Ela chamou, olhando a foto parada, observando o ainda familiar rosto de seu filho. – Você... Você quer ficar? – Ela perguntou. – Eu moro mais perto do CBI que você. Será mais fácil se formos chamados para um caso.

- Teresa, eu duvido que vou dormir. - Ele sussurrou para ela.

Ela se virou, encontrando os olhos dele, e ele viu no olhar dela, algo que nunca havia visto antes.

- Eu também duvido.
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Mensagem por Serena Qui 12 Ago 2010, 3:30 pm

Lindo, adorei, a história dela me comoveu tanto, fez me arrepiar...
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Mensagem por ladymarion Dom 15 Ago 2010, 10:07 pm

Ai caramba!!!!!!!!!!!!!
Que história mais comovente.
Adorei você ter feito a Lisbon se abrir com o Patrick.
Ficou perfeito como desenrolou a conversa dos dois.

Olha, parabens.....tô chorando muito aqui....
Por favor, continua logo.

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Mensagem por P.Schoeller Dom 15 Ago 2010, 10:15 pm

Gi e Serena, que bom que gostaram! Smile
Ai vai a primeira parte do cap 3:

CAPÍTULO 3

A próxima coisa da qual Lisbon estava ciente é que alguém a estava chacoalhando para acordá-la. Apesar da urgência, o sono era mais forte, lutando quem quer que a estivesse acordando, para a custódia de sua consciência. A pessoa que a acordava ganhou, e ela abriu seus olhos somente uma fração, para que pudesse relembrar onde estava. O conforto ao ser redor a lembrava que estava em sua cama, e apesar de seus esforços para não dormir, ela parecia ter descansado algumas horas pelo menos. Ainda estava escuro, a luz do sol não derramada em torno das cortinas ainda, apesar de que elas estavam abertas.

- Teresa.

O nome fez com que seus olhos se abrissem se dando conta que, não só que fazia muito tempo que um homem estivera em seu quarto, mas também que eles estiveram meio nus. Mas, uma coisa que nunca, nunca havia acontecido, é que esse homem que a chamava pelo primeiro nome era, nada menos que Patrick Jane. Quando ela conseguiu focar, viu que ele estava deitado do outro lado da cama, inclinado na direção dela, com a mão no seu ombro nu, enquanto tentava acordá-la.

Espere. Ombro nu?

- Teresa, acorda.

Não importava o tempo, Teresa nunca havia dormido nua. Ela se sentia exposta, mesmo quando estava sozinha em seu apartamento trancado. Ficou com mais certeza quando se virou para olhar na direção de Jane, e sentiu sua própria pele despida, ao roçar uns membros nos outros. Seu coração começou a bater mais rápido, nunca tendo se sentida mais acordada na sua vida. Sentou-se rapidamente, lembrando de segurar o cobertor sobre si, para não expor seu peito nu. Jane foi um pouco para trás quando ela quase chocou sua cabeça com a dele.

Mas aquilo foi um erro. Estar tão perto dele trouxe as imagens claras a sua mente. Ver os olhos dele tão perto dos seus lhe trouxe a memória dele sobre ela, olhando-a nos olhos, com uma escuridão que ela nunca havia visto antes. Aquilo não estava ali agora, mas ela lembrava daquilo claramente e de onde ela veio. Desespero. Necessidade. Desejo. Possessão. Na hora, aquilo a havia incitado a ir em frente, mas agora... Deus, o que ela havia feito?

- Vá com calma. – Ele sussurrou, firmando-a, quando seus braços perderam o equilíbrio. Mas, para ele, aquilo apenas o fez relembrar de tê-la em seus braços, usando o punho para puxá-la firmemente contra si, e em seguida passando a ponta dos dedos pela sua pele, assim que a camiseta dela de um time de basquete foi removida. Por mais que as lembranças o fizessem querer repetir o ato, ele decidiu recolher sua mão.

- Que horas são? – Ela perguntou a ele.

- Quatro e quinze. – Ele respondeu. – Nós fomos chamados.

- Red John? – Ela sussurrou, sua respiração mais lenta, agora que ela estava começando a se acalmar, no entanto, a respiração profunda que ela estava fazendo só a lembrava de quão mais profunda ela era quando Jane estava em cima dela.

Ele assentiu.

- Os pais Joliss ligaram para Cho. Ele voltou até a casa. Deixou uma mensagem no quarto da filha.

- Oh, Deus. – Lisbon murmurou, enquanto rastejava para fora da cama. O cobertor caiu, sem ter um motivo para seu uso. Ela preferiu pensar que ele estava mais ocupado abotoando sua camiseta do que a observando procurar por alguma peça intima limpa. Ela achou uma calcinha e um sutiã e os vestiu, saindo a procura de uma blusa. Um rápido olhar sobre o ombro quando não ouviu algum movimento a mostrou que ele ainda estava no quarto, mas não estava tão preocupado em se mover. Ao contrário, ele a estava vendo se trocar, e a escuridão nos olhos dele retornaram. – Jane...

- Há duas horas nós estávamos nos primeiros nomes. – Ele a interrompeu, sua voz rouca e um pouco sonolenta.

- É, nós estávamos... – Ela se lembrou. – Eu... Eu acho que a gente devia falar sobre... isso. – Ela disse, tirando uma camisa do cabideiro e passando seus braços pelas mangas.

- Sobre o fato de você, de repente, estar confortável com o fato de eu te ver de sutiã e calcinha? – Ele questionou. Lisbon revirou os olhos, e começou a abotoar a camisa. - Ou não tão confortável.

- Nós dormimos juntos. – Ela disse abruptamente.

- Dormimos. – Ele assentiu.

Ela suspirou.

- No que estávamos pensando?

- Conforto. – Ele respondeu instantaneamente. – Ambos queríamos, precisávamos. De verdade.

Outro suspiro, esse, com mais frustração.

- Nós não estávamos pensando claramente. – Ela disse, balançando a cabeça enquanto escolhia a calça com a qual iria ao trabalho.

- Nós não estávamos pensando nem um pouco. – Jane a corrigiu.

Ela colocou as calças, fechando o zíper, se dando conta de que ele não havia se mexido nem um centímetro desde que havia acordado-a.

- Jane...

- Se estivéssemos pensando, nós não faríamos aquilo. Não no meio de um caso do Red John.

E assim, o Jane normal estava de volta – o Jane que procurava Red John com a determinação que ela raramente via em um homem. A escuridão nos olhos dele de quando ela se vestia haviam desaparecido, sendo substituído por uma frieza e ferocidade direcionadas ao serial killer que havia matado sua família. Esse era o Jane que ela queria que deixasse de existir, que ela esperava que tivesse sido extinguido quando contou (estupidamente) sobre seu próprio filho que lhe havia sido tirado, e sua própria jornada por vingança. De alguma forma, ela pensou que quando Jane prometeu que Red John não iria morrer por suas mãos, ela tinha uma razão para acreditar nele.

- Jane, eu sei que você é apaixonado por pegar ele, mas...

Mas, de repente, aquele Jane havia sumido, substituído por um sorriso que dizia “estou terrivelmente satisfeito comigo mesmo.”

- Ah... Não diga “apaixonado” – ele pediu, - está... me trazendo algumas intensas memórias gráficas.

Ela revirou os olhos, esperando que ele não percebesse que, agora, ela partilhava da mesma linha de pensamentos que ele, e disse ao passar por ele:

- Depressa, nós precisamos ir.

- x –
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Mensagem por ladymarion Dom 15 Ago 2010, 10:35 pm

Hahahahahha
Não creio que peguei um cap quentinho, hahahah.
Juro, ri muito ao imaginar o apavoro da Lisbon ao acordar e ver Patrick ao lado dela na cama todo cheio de charme, hehehhe.

Muito bom.
Esperando anciosa pela continuação.

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Mensagem por Serena Qua 18 Ago 2010, 6:29 pm

Muito Bom, este capitulo ^^ Continue logo
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Mensagem por Eli Qua 18 Ago 2010, 8:36 pm

Caracccccaaaaa Adorei esse cap.
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Mensagem por P.Schoeller Sáb 21 Ago 2010, 11:57 am

Gente, desculpa a demora! Mas ai está a outra metade do cap 3:

Para começar, o caminho até a casa dos Joliss foi silencioso. Jane escorregou para o banco do passageiro sem muito mais que uma conversa casual. Os casos Red John raramente traziam algo de casual no ar, não importasse a hora do dia, mesmo que eles estivessem tomando um café. Ele era uma sombra constante em cada segundo do caso. Ainda, mesmo que Jane estivesse em silêncio, Lisbon podia sentir os olhos dele nela. Ela não precisava olhar para ele para saber que ele estava passando os olhos por todo o corpo dela, provavelmente lembrando a noite passada de uma maneira que ela também gostaria de parar de pensar. Ela precisava se focar, e Jane a estava despindo com os olhos.

- Ele deixou uma mensagem. – Ela o lembrou, e repetiu, para tentar fazê-lo parar de olhá-la tão intensamente.

- Red John, sim. – Ele disse, com os olhos fixos em sua clavícula.

- O que você acha que diz? – Perguntou.

Ele deu de ombros.

- O de sempre. Algo para lembrar-nos que sabe que estamos investigando ele e que é superior a nós em todas as maneiras.

Lisbon balançou a cabeça.

- Ele não é.

- Talvez ele seja. – Ele sugeriu.

Ela virou sua cabeça devagar.

- Jane...

- Se ele não fosse, nós já teríamos pegado ele. – Jane apontou. No silêncio que se seguiu, ele roçou a ponta de seus dedos na coxa dela. Ela não sabia o que ele queria, mas ele não iria conseguir no meio de um caso no banco da frente do carro dela.

- Jane, nós não podemos nos dar ao luxo de pensar sobre o que aconteceu noite passada. – Ela disse a ele. – Não agora. Nós precisamos ficar com nossa cabeça no trabalho. Não podemos nos permitir nenhuma distração.

- Nós dormimos juntos. – Ele disse, exatamente como ela havia feito antes.

- Sim, nós dormimos. – Ela repetiu.

- Nós queríamos conforto e fizemos...

Ah, ela sabia como essa frase iria terminar.

- Algo errado, certo? – Ela presumiu.

Os dedos dele fizeram novamente uma trilha pela coxa dela, e ela lutou contra os arrepios. Ela não ia deixar ele ter esse efeito sobre ela se ele iria chamar o que tiveram de erro. Porém, ela não estava certa sobre o que ela mesma queria chamar aquilo.

- Se for pelas razões que você está pensando, isso realmente foi um erro.

- E quais as razões que eu estou pensando? – Ela zombou.

- Você está achando que eu a usei como uma maneira de esquecer, que isso só aconteceu pois estávamos ligados por uma perda semelhante, e que foi ruim ou insatisfatório por mim. – Os olhos dele passearam pelo corpo dela novamente. – Eu te digo, com certeza não foi insatisfatório.

- Pelo amor de Deus. – Ela disse, tirando a mão dele de sua perna.

- Não. – Ele protestou. – Nós precisamos falar disso agora ou nós nunca iremos falar.

- Talvez seja melhor dessa forma. – Ela sugeriu. – Já que isso foi um erro.

- Teresa, espera...

- Esperar por o que? – Ela perguntou a ele, rudemente. – Para você me dizer que isso foi um erro, e que não significou nada para você, e que a gente deveria fingir que isso nunca aconteceu? Me deixa poupar seu trabalho, Jane. Isso não significou nada, e nós deveríamos esquecer isso, como se nunca tivesse acontecido.

- Significou algo para mim. – Ele sussurrou.

- O que? – Ela franziu a testa.

- Eu disse que significou algo para mim. – Ele disse, um pouco mais alto. – Significou... Significou muito, e eu não quero esquecer o que aconteceu. Eu não acho que eu conseguiria. Mas nós temos uma conexão, Teresa, e eu não tenho certeza se é só uma amizade ou algo a mais. Você é mais próxima a mim que qualquer outra pessoa, e eu não quero passar por nada que possa comprometer isso.

- Tipo o que? – Ela perguntou.

- Nós estamos no meio de um caso do Red John. – Ele a lembrou.

Ela balançou a cabeça, olhando com uma nova determinação a estrada a frente dela.

- Legal saber que ele é mais importante que eu. – Ela murmurou para si mesma.

- Teresa... Ele nos vigia durante esses casos. – Ele apontou. - Você sabe disso.

E aquele pensamento a deixava suando frio, toda a vez que passava por sua cabeça. Ela nunca deixaria ninguém da equipe saber daquilo, principalmente Jane.

- Se isso é sobre mim estando em perigo...

- Sim, é sim. – Ele disse simplesmente.

Ela balançou a cabeça e eles chegaram a mansão Joliss, o que deu a ela a perfeita desculpa para não respondê-lo.

- Vamos. Cho está nos esperando, e não me chame de Teresa no trabalho.

- x –

Esconde-esconde.*

A mensagem na parede os encarava, do lado do rosto de Red John. A mensagem só fazia parecer tudo mais macabro. Lisbon se virou para Jane.

- Alguma idéia do que isso significa? – Perguntou.

- Esconde-esconde. – Ele disse. – É um jogo infantil.

- Até ai eu sei. – Ela disse a ele.

- Significa que ele está nos procurando e nos vendo. – Jane revelou. – Esconde-esconde, eu estou te vendo!

- Ele nunca nos deixou uma mensagem assim antes. – Cho apontou.

- Faz sentido. – Jane disse, dando de ombros. – Desaparecer da nossa vista e depois se mostrar novamente. O jogo encaixa no comportamento dele. Encaixa na sua superioridade, ele se vê como um líder do jogo, um adulto, e nós como os peões, as crianças.

Mas a maneira como Jane olhava para a palavra na parede, fez Lisbon se arrepiar.

- Isso significa algo para você? – Ela perguntou a ele.

Ele assentiu.

- Significa que ele está me observando, me vendo. E que ele viu algo que o interessou.

E a maneira como Jane olhou para Lisbon no momento seguinte a fez entender que ele estava falando da noite passada deles. A simples idéia de Red John assistindo eles dormindo juntos a deu vontade de vomitar.

- Ele não pode... – Ela murmurou para Jane, ignorando o olhar curioso de Cho.

Jane levantou a sobrancelha.

- Isso iria te surpreender tanto assim? – Perguntou.

Ela ignorou o pensamento, afastou o sentimento desconfortável e andou em direção a parede que estava escrita a mensagem, comparando-a com a face sorridente que já estava ali.

- É tinta. – Cho disse.

- Isso é bom. – Lisbon se deu conta. – Significa que ele não matou de novo.

- Ainda. – Jane respondeu, rapidamente. – Ele está planejando matar novamente. Ele já escolheu seu alvo.

*O jogo, em inglês se chama Peek-a-boo, e tem mais sentido do que em português. É um jogo feito com as crianças pequenininhas que o mais velho fala: Peek-a-boo, I see you! E dia tira as mãos do rosto. A tradução mais plausível que achei seria esconde-esconde. Smile
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Mensagem por Eli Dom 22 Ago 2010, 8:30 am

Tenso The Fire Breathes - Jello/Jisbon - ATUALIZADA - 07/02 - COMPLETA 129489
Mas muito lindo,esperando ansiosa pelo resto que espero q seja breve The Fire Breathes - Jello/Jisbon - ATUALIZADA - 07/02 - COMPLETA Icon_wink
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Mensagem por ladymarion Dom 22 Ago 2010, 9:28 pm

Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
Credo, acabei roendo o pouco que ainda tinha de unhas, hahahaha.
Que nervoso. Red John de olho neles é de dar muito medooooooo
É bom eles ficarem antentos.

Ri muito da conversa de Patrick e Teresa no carro, hahahaha.
Jane queria conversar e Teresa fugir, depois ela se interessou tanto que foi a vez do Jane recuar, hahaha.

Esses dois acabam com meu coração......
Aguardando o próximo

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Mensagem por P.Schoeller Qua 25 Ago 2010, 10:30 pm

Hey povo Very Happy Obrigado pelos coments!
Ai vai a 1ª parte do cap 4!
CAPÍTULO 4

Jane ficou diferente depois que eles descobriram a mensagem. Ele havia voltado a ser como ele geralmente era num caso do Red John, nada parecido com o que ele havia sido no inicio do caso – especialmente, nada parecido com o que havia sido nas últimas horas. Sua determinação e frieza, embora seu motivo fosse diferente, Lisbon sabia. Foi a mensagem que o deixou assim, ou melhor, a interpretação de Jane da mensagem. Ainda que, Jane raramente errava quando se tratava de Red John, a maneira como os dois se conheceram e o caminho que os ligava era incrivelmente assustador, mas realmente esperava que a noite que tiveram juntos simplesmente coincidisse com a mensagem. Ela esperava que Red John simplesmente quisesse dizer que estava observando o caso, que ele sabia que sua equipe havia sido designada para o caso, como sempre, ou que, por alguma razão, ele ainda estava cuidando a casa (devia conseguir agentes para proteger a casa, anotou mentalmente). Ela realmente não conseguia demonstrar quão incomoda ela se sentiu ao saber que Red John poderia ter visto ela e Jane juntos.

Mark e Amanda, os pais de Melissa, ficaram horrorizados pela ideia de Red John voltando a casa deles. Nesse ponto, já não havia mais duvidas que esse era um caso Red John, e isso estava sendo tratado como um. Mais agente estavam na casa, uma unidade de forenses adicional, no caso de ele ter deixado algum rastro, mas nenhuma das equipes estava esperançosa. Rigsby e Van Pelt estavam prontos para encontrá-los no escritório, tentando conectar a nova mensagem de Red John a família, Cho estava no andar superior, supervisionando os forenses e dando instruções aos agentes designados para proteger a família, caso Red John retornasse. Jane falou que ele não voltaria, mas Lisbon, mesmo assim, insistiu nisso.

- Quando vocês descobriram a mensagem? – Lisbon perguntou, sentada na sala com os pais exatamente da mesma maneira que havia feito no dia anterior. Jane andava em volta do lugar, uma xícara de chá que Amanda Joliss havia feito para ele nas mãos.

Foi Amanda quem respondeu.

- Quatro horas. – Ela disse. – Eu não conseguia dormir. Eu tenho ficado algum tempo dentro do quarto de Melissa. Me faz sentir próxima a ela.

Lisbon franziu a testa.

- Senhora, aquilo ainda é uma cena do crime...

- Eu preciso me sentir próxima a ela. – Amanda insistiu. – Ela é a minha menina, não consegue entender isso?

Lisbon não respondeu aquilo. Ela entendia. Ela havia ficado sentada no quarto de Ben por três dias antes de seu irmão intervir e levá-la para seu próprio quarto.

- Vocês tiveram algum visitante durante a tarde? – Perguntou.

Amanda balançou a cabeça.

- Vieram alguns familiares, mas eu chequei o quarto dela antes de dormir, e a mensagem não estava lá naquela hora. Eu acordei uma hora depois e lá estava ela.

Mark ergueu as sobrancelhas, finalmente tendo algo para falar.

- Essas questões se parecem muito com as que você fez ontem.

- Por que é uma descoberta similar. – Lisbon explicou.

- Como uma mensagem na parede pode ser similar a morte da minha filha? – Mark perguntou.

- Ambos poderiam facilmente ter sido feitos por você. – Jane deu de ombros.

Mark lançou seus olhos na direção de Jane, ficando de pé.

- Como é que é?

Lisbon também se levantou.

- Jane, que droga é essa que você está fazendo? – Ela sibilou.

- Com quem você pensa que você está falando – Mark gritou com ele, ficando perigosamente perto de Jane.

- Bom, obviamente não é sua esposa. Ela esta inconsolável. – Jane apontou, indicando Amanda, sentada no sofá, tão devastada que mal se mexia quando Mark começou a gritar com Jane.

- Nós perdemos nossa filha. – Mark sibilou, cara a cara com Jane.

Lisbon se aproximou, com a finalidade de por uma barreira entre os dois homens.

- Sr. Joliss, eu sinto muito...

- Eu espero que sim! – Ele gritou para ela, antes de se virar para Jane. – Eu esperava mais compreensão da sua parte.

Jane não parecia abalado pela raiva do homem.

- Sr. Joliss, eu posso entender pelo que você está passando, mas eu não entendo por que você está escondendo algo de nós.

Ele enrugou a testa.

- Sr. Jane, eu gostaria que você saísse de minha casa agora.

- Talvez você devesse ter dito que o assassino de sua filha era alguém que conhece e confia. – Jane sugeriu.

As palavras mal saíram de sua boca e o punho de Mark já vinha ao encontro de seu rosto.

- x -

Eu sei que é pequeno e curtinho, mas é só pra não deixar vcs mt tempo sem atualização xD
E, quanto mais comentários, mais rápido eu atualizo The Fire Breathes - Jello/Jisbon - ATUALIZADA - 07/02 - COMPLETA 277339
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Mensagem por Eli Qui 26 Ago 2010, 9:37 am

Que tortura dona Patricia,eu aqui esperando ansiosa e a senhora me vem com um capitulo curtinho...
Brincadeira Patty, sei q esta ocupada com outras coisas...mas qndo puder posta mais tá ?
bjim
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Mensagem por ladymarion Sáb 28 Ago 2010, 11:42 am

Ah, esse Patrick......
Ele não coloca um freio nessa língua, hahahaha,
Coitada da Lisbon, passa por cada situação.....

Anciosa esperando mais, mais.............
Heheheheh

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Mensagem por P.Schoeller Sex 17 Set 2010, 8:12 pm

Meninas, milhões e milhões de perdões pela demora. Eu fiquei 10 dias sem internet, e depois demorei mais um tempão pra escrevr, pq agr falta um mês para a minha peça de teatro, e eu tenho ensaiado direto, então não tenho tido tempo pra nada. Então, até outubro eu vou demorar um pouco mais a postar, tanto essa fic quanto a Mr. Diary, mas eu não vou deixar de att. elas. Espero que não estejam mt mt mt bravas comigo. Ai vai o resto do cap 4, Enjoy!
- x -

Outro nariz quebrado para adicionar a lista. Lisbon já havia perdido a conta do monte de vezes que ele havia quebrado-o. Pelo tanto de sangue que escorria desta vez, ela o levou para o hospital no caminho para a CBI. Eles precisavam falar com todos os amigos de Melissa, mas esses encontros seriam adiados por, pelo menos, a próxima hora. Esse foi o tempo suficiente para cair fora do hospital com Jane, resistir à tentação de amarrá-lo para mantê-lo fora dos problemas e voltar a tempo de questionar todos. Só houve um problema no hospital...

Deram analgésicos a Jane.

- Venha Jane, nós já chegamos. – Ela disse a ele.

- Nós estamos em casa? – Ele perguntou, agradavelmente surpreso com aquilo.

- Não, nós estamos na CBI. – Ela o corrigiu, tirando o cinto e saindo do carro. Quando ele não a imitou, ela foi até o lado do passageiro e abriu a porta. – Vem... – Ela pediu mais uma vez, sua voz forte.

Jane olhou em volta e vagarosamente franziu as sobrancelhas.

- Esta não é a nossa casa. – Ele reclamou. – Esse é seu carro. Eu dirigi até aqui?

Ela revirou os olhos.

- Nós não temos uma casa. Eu tenho uma casa, e você tem uma casa, e nós, definitivamente, não dividimos uma. E não, você com certeza não dirigiu até aqui, você está entupido de analgésicos.

Ela apertou o botão do cinto de segurança e o soltou do carro. Ele parecia estar tendo problemas com aquela parte. Ele saiu do carro, olhou para o prédio e se aborreceu.

- Esse é a CBI.

- Bem, você sabe onde estamos, seus poderes de observação estão intactos. – Ela disse sossegada. – Isso significa que você é perfeitamente capaz de andar sozinho. Venha, eu tenho trabalho a fazer.

Quando saíram do elevador, ela o conduziu imediatamente até o sofá. Como sempre, o sofá estaria vazio a não ser por Jane – que ficaria ali enquanto Lisbon o mantivesse ali. Ela já tinha arranjado um método para conseguir essa façanha. Ela só desejava que Hightower não estivesse ouvindo quando eles passaram pelo escritório. Jane em momento algum poderia deixar sair ou falar sobre o que aconteceu na noite anterior, principalmente depois de admitir que aquilo havia sim significado algo para ele. Mas Jane drogado? Ela não queria nem pensar nisso.

- Agora, Grace vai ficar por aqui e vai ficar cuidando você. – Disse Lisbon , assim que as portas do elevador fecharam-se atrás deles, segurando o braço dele para impedi-lo de entrar diretamente no escritório de Hightower. – Depois que você estiver deitado, eu, Cho e Rigsby vamos entrevistar uns adolescentes na festa em que eles estão.

O rosto de Jane se iluminou, exatamente como uma criança.

- Uma festa! Posso ir?

- Não. – Ela disse. – Eu preciso que você se deite...

Dessa vez, seu sorriso era diferente.

- Verdade? – Ele perguntou, um tom sedutor em sua voz.

Ela revirou os olhos.

- Você vai deitar no seu sofá e dormir por causa dos efeitos dos analgésicos, e, na hora que eu voltar você vai estar relativamente... normal.

Ele amuou.

- Como você pode ir para uma festa e eu não? – Perguntou.

- Porque eu vou estar trabalhando, e, se não posso deixar você em segurança com adultos, por favor, deixe os adolescentes sozinhos.

- Você não vai trabalhar. Você está indo para uma festa. – Ele a corrigiu, cambaleando momentaneamente.

- Eu não vou festejar, Jane. – Ela disse, empurrando-o em direção ao sofá. Quando ele não se moveu, ela colocou as mãos nos ombros dele para praticamente forçá-lo a sentar-se. – Eu vou falar com adolescentes, e, se Deus quiser, vou achar algo que vai nos ajudar a fazer os nossos trabalhos.

Jane sentou-se sem muita reclamação, mas infeliz.

- Eu quero ir a festa.

- A festa é para adolescentes. Você não é um adolescente. – Ela disse a ele.

- Não, eu sou um adulto. – Ele disse, começando a sorrir novamente.

- Aparentemente. – Ela concordou cansada, sem querer começar a falar sobre a idade mental dele quando ele estava cheio de analgésicos.

- Eu sou um homem crescido. – O sorriso se alargando.

- De acordo com seus arquivos pessoais. – Ela disse.

Ele a olhou, os dentes arreganhados.

- Eu sou um maravilhoso e sexy pedaço de homem...

- Jane! – Ela exclamou. – Hora de deitar!

Ele deu a ela um olhar esperançoso, batendo no sofá próximo a ele.

- Você vai deitar comigo?

Ela o olhou ameaçadoramente.

- Jane, eu estou te avisando...

De alguma forma, ele ainda estava sorrindo. Como ele conseguia pensar que aquela era uma situação engraçada ela nunca iria descobrir.

- Engraçado, você também estava me avisando esta manhã. – Ele disse, pensativo. – Mas se não me engano, você falava de algo diferente. Na verdade, você falava de algo totalmente diferente...

- Jane! – Ela quase gritou.

Dessa vez, um brilho maldoso foi adicionado ao sorriso.

- Lembra aquela coisa que a gente fez que você realmente gostou?

- Jane! – Dessa vez ela realmente havia gritado, mais raiva em sua voz. Ela se abaixou para ficar na altura dele. – Eu sei que você deve estar no céu agora, mas, por favor, lembre-se que Hightower deve estar ouvindo a nossa conversa.

Ele levantou uma sobrancelha para ela, procurando o cabelo dela com as mãos.

- O perigo te excita? – Ele perguntou.

Ela levantou-se, chacoalhando os braços, e ele parecia confuso.

- Por que eu estou tentando ter uma conversa séria com você? É claramente inútil.

- Eu não sou inútil. – Ele se defendeu. – Eu posso ser muito, muito útil...

- Oh, não! – Ela disse, colocando a mão dele para longe quando ele moveu-a pelo ar tentando tocá-la, sem ao menos se dar conta do que estava fazendo. – Você não vai me levar pra isso pela segunda vez.

- Eu já levei. – Ele disse, com um sorriso drogado. – Na verdade, essa seria a terceira vez.

- Jane. Deite-se. Agora. – Ela vociferou.

Ele levantou as sobrancelhas para ela.

- Eu gosto do seu pensamento.

- Jane!

- Tem certeza que não quer se juntar a mim?

Os olhos dela brilharam de raiva.

- Se você não deitar agora, juro que vou te amarrar ao sofá.

- Promete me amarrar mesmo?

- Jane!

Antes que Jane pudesse falar algo novamente, Van Pelt apareceu ao lado deles, com uma xícara e um pires nas mãos.

- Tudo certo, Chefe? – Ela perguntou hesitante.

Lisbon grunhiu frustrada, dando as costas a eles e caminhando para seu escritório, gesticulando em direção a Jane.

- Por favor, só... O mantenha aqui! – Ela disse, saindo do local.

Jane ficara olhando para o teto.

- Teresa? Teresa? – Quando ele não teve resposta, seu sorriso desapareceu e ele parecia uma criançinha perdida. – Lisbon ? – Ele virou sua cabeça, vendo Van Pelt. – Ela já foi?

Ela assentiu.

- Sim, ela já foi.

- Eu a chateei? – Ele perguntou.

- Mais do que o normal. – Van Pelt afirmou.

Jane pareceu desanimado.

- Oh.

Vendo a cara de cachorrinho que caiu do caminhão da mudança de Jane, perguntou-se se os analgésicos o fariam chorar, para ficar uma expressão completa. Ela segurou a xícara e o pires.

- Eu trouxe chá. – Ela disse.

Ele sentou-se e tomou-os da mão dela, bebericando lentamente. Ele instantaneamente arreganhou os dentes.

- Não tão bom quanto o da Teresa.

Ela ergueu as sobrancelhas.

- Lisbon nunca faz chá para você.

- Ela fez noite passada, quando ela me pediu para ficar, antes... Antes de nós recebermos uma chamada. – Felizmente para os membros inferiores de Jane, a ameaça de Lisbon para que ele ficasse quieto funcionou mesmo com os analgésicos e a falta de contentação costumeira. – Ela fez hoje no hospital também. Isso são duas xícaras. Mas se eu falar mais, pode haver insinuações de que houve alguma coisa, então, eu não posso falar disso.

Talvez não tenha funcionado completamente.

- x –

Na hora que Lisbon e os outros voltaram naquela tarde, o efeito dos analgésicos já havia passado. Ela havia estado tentada a cuidar o tempo para só voltar quando ele não estivesse mas tão chato, e, em qualquer outro caso ela teria feito, mas eles estavam no meio de um caso do Red John, então, ela não iria fazer nada. Entretanto, interrogar vinte adolescentes havia tomado tempo suficiente, mesmo que dois tivessem voltado com eles para mais perguntas. Não muito depois que ela pisou fora do elevador, Van Pelt chegou perto dela correndo, parecendo abalada e irritada.

- Me diga que você tem algo para eu fazer. – Ela implorou. Lisbon franziu a testa e a agente mais nova se mexeu em resposta. Ela nunca tinha parecido tão desesperada, mesmo quando estava pedindo mais tempo no campo.

Lisbon ergueu as sobrancelhas.

- O efeito dos analgésicos já deveria ter passado.

- Eles passaram faz horas. – Ela confirmou. – Ele está parecendo uma criança de três anos de idade.

Lisbon assentiu, simpaticamente.

- Não se preocupe, você não precisa mais suportar o fardo Jane. Eu tenho outra coisa na qual quero que você trabalhe.

- Quem são as crianças? – Perguntou ela, vendo Cho e Rigsby escoltarem dois desconhecidos para as salas de entrevistas.

- A melhor amiga da Melissa, Sarah Walcott e, o namorado dela, Dean Matthews. Eu preciso que interrogue Matthews com Cho. Aparentemente ele gosta das damas, e ele não é fã de Cho. Veja o que você consegue tirar dele.

- Graças a Deus. – Ela suspirou. Lisbon a encarou. – Desculpa, eu sei que é inapropriado, mas Jane tem me incomodado tanto que me convenceu a nunca ter um filho.

Lisbon riu para si mesma quando Van Pelt desapareceu, mais rápido que o normal, e, se aproximou do sofá de Jane. Ele ainda estava deitado, girando os polegares e olhando para Elvis.

- O que você fez com Van Pelt? – Perguntou.

Jane deu de ombros.

- O chá dela não é nem de longe tão bom quanto o seu. – Ele se defendeu, como se isso fosse razão suficiente.

- Eu não vou fazer chá para você. – Ela disse para ele. – Estou muito ocupada.

- Eu não estava pedindo, só estava comentando. – Ele disse.

- Eu quero que você fique sob observação. – Ela instruiu. – Cho e Van Pelt estão interrogando o namorado.

Ele balançou a cabeça.

- Não foi o namorado. Foi Red John, e o namorado é muito novo para ser Red John.

- Ele pode conhecer Red John. – Ela assinalou.

Jane fez uma careta e depois voltou ao normal.

- Isso é estúpido. Ele não tem nada a ver com isso.

- Bom, então não vá. – Ela suspirou. – Você pode ficar no seu sofá um pouco mais.

Jane finalmente tornou sua cabeça para ela, encostando-a no braço do sofá.

- Você ainda está brava comigo pelo que aconteceu com Mark Joliss?

- Sim. – Ela disse a ele secamente.

- Oh. – Ele disse desapontado. – Eu achei que você já tivesse me perdoado.

Ela balançou a cabeça.

- Eu vou considerar te perdoar se ele não fazer uma queixa formal contra a unidade. Até lá, você ficará aqui.

Ele grunhiu quando ela se virou.

- Cala a boca Jane.

- x -

Terminoooou POKSAPOKSAPOK bom, mas pra compensar minha demora, vou dar um preview do próximo cap (e juro que tento atualizar o mais rápido possível)

Ele sorriu com o movimento dela.

- Você deve desfrutar do trabalho que está fazendo agora.

- O que faz você pensar isso? - Perguntou.

Ele deu de ombros indicando as anotações da garota.

- O fato de você ter perdido uma amiga próxima recentemente, vai ser interrogada, e está fazendo seu trabalho sobre um poema de William Bake.

Ela franziu a testa.

- Como você sabia que era...?

- Seus livro de textos. - Ele mostrou.

- Oh. - Ela se deu conta, baixando o olhar para o livro pousado ao seu lado,
Músicas da Experiência. - É, eu acho que isso torna meio óbvio.

Ele assentiu.

- Que poema vocês estão estudando?

- Nós podiamos escolher qual queriamos analisar. - Ela explicou. - Eu escolhi The Tyger.

aaacho que o preview ficou meio longo POKSAPOKSAOPK mas acho que não tem problema. Pra quem não lembra ai, sobre o preview, The Tyger é o poema que Red John recitou pra Jane na season finale da última temporada.
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